A Aslivata inicia neste domingo com a disputa da 37ª final da Copa Certel/Sicredi Série A. Pelo terceiro ano seguido, a competição terá um campeão inédito após a disputa dos dois jogos na categoria titular.
Os primeiros 90 minutos serão disputados em Taquari, casa do Taquariense. Já o complemento da final será em Guaporé, na Serra Gaúcha, local onde o Juventude manda os jogos. A decisão também será a primeira fora dos Vales. Em 2019, quando o Boavistense, de Boa Vista do Sul, foi campeão, a finalíssima foi em Linha Grão Pará, Venâncio Aires.
O Grupo A Hora transmite o jogo em live na página do Youtube do A Hora Esportes, a partir das 13h, com o Concentração.
“O Taquariense é um clube de muita tradição”
O Taquariense, clube tradicional de Taquari, alcançou um feito histórico ao garantir a presença na final da categoria titular. Sob a presidência de Chico Donida, o clube reafirma a força no cenário do futebol amador. Com uma estrutura que remete aos tempos profissionais e um projeto focado no desenvolvimento social e esportivo, o clube traça metas ambiciosas para o futuro.
Chico chegou a Taquari em 1994 para atuar no futebol profissional pelo Pinheiros, o clube rival da cidade. A trajetória, no entanto, o levou ao Taquariense em 2009 como jogador amador, e em 2018 assumiu a presidência. “O Taquariense é um clube de muita tradição, tanto no amador quanto no profissional. Quando você fala que é de Taquari, a primeira pergunta que faz é sobre o Taquariense. Isso mostra a força que o clube tem imaginário do futebol gaúcho”, destaca.
Embora não tenha participado diretamente da fase profissional, que durou de 1992 a 2002, Chico considera esse o maior marco dos 84 anos de história do clube. “A fase profissional foi o grande feito do Taquariense. De lá, tiramos muitas lições, coisas que podem ser replicadas e outras que não devem ser repetidas. Essa experiência enriqueceu muito a forma como conduzimos o clube no amador”, reflete.
O presidente também destaca os esforços para manter a estrutura do clube, que ainda guarda características dos tempos do futebol profissional. “Temos uma estrutura grande, com arquibancadas dos dois lados, estacionamento e boa localização, mas isso exige muita manutenção. Já avançamos bastante, mas ainda temos projetos importantes”, explica.
“Nem nos melhores sonhos imaginávamos estar nessa final”
O Juventude, de Guaporé, teve presença marcante no futebol profissional entre 1963 e 1983, está agora em um novo capítulo da história. Após mais de três décadas fora das competições, o clube retomou suas atividades há três anos, agora focado no futebol amador. A iniciativa foi liderada por Roberto Perin, o “Beto”, diretor de futebol, que enxergou na reativação do clube uma oportunidade de resgatar a tradição e identidade da equipe.
“Nem nos melhores sonhos imaginávamos estar nessa final com apenas três anos disputando essa competição”, declara, ao comentar a chegada do Juventude à final do Regional Série A. Essa conquista reflete o esforço da diretoria, que desde o início priorizou a organização fora das quatro linhas. “A parte administrativa foi essencial para atingirmos esses resultados. Em três anos, já vencemos a Copa Basalto e, agora, estamos na decisão do Regional.”.
O desafio do retorno ao profissional
Com boas participações entre a década de 60 e 70, o Juventude mantém vivo o desejo de retornar ao futebol profissional. No entanto, esbarra em entraves financeiros e burocráticos. A taxa de R$ 300 mil cobrada pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para a inscrição é um dos principais obstáculos. “Nosso estádio atenderia aos critérios da Federação, mas a taxa inviabiliza o retorno. Além disso, a exigência de contratos assinados por dez meses é outro desafio”, explica Beto.
Apesar disso, a diretoria não descarta a possibilidade de voltar à terceira estadual no futuro.