O Vale do Taquari já viveu tempos de protagonismo político, com três deputados representando a região em uma mesma legislatura. Hoje, no entanto, a realidade é diferente: dependemos de parlamentares “emprestados” de outras localidades para intermediar as demandas locais. Essa ausência de representantes legítimos traz questionamentos: será que, com uma voz genuína no parlamento, as reivindicações urgentes da região, como a recuperação de estradas e o enfrentamento das enchentes, não teriam maior agilidade? A cada eleição, reforça-se o discurso sobre a importância de eleger deputados locais comprometidos com os interesses do Vale.
Apesar disso, o resultado das urnas frequentemente mostra o contrário. Na última eleição, candidatos de fora dominaram o cenário, com mais de 200 nomes obtendo votos na região, dispersando o potencial de fortalecimento político do Vale. A falta de representatividade direta é um alerta para o eleitorado local, que precisa repensar suas escolhas e priorizar líderes capazes de defender as pautas regionais com determinação e proximidade.
Gargalo logístico
O Vale do Taquari, uma das regiões mais produtivas e economicamente relevantes do Rio Grande do Sul, enfrenta um gargalo logístico sem precedentes, que tem causado prejuízos e comprometido seu desenvolvimento. Empresários, lideranças políticas e representantes da sociedade civil tem destacado a urgência de união para pressionar o governo estadual e federal a priorizar o Vale do Taquari na agenda de investimentos logísticos. Não podemos aceitar que uma região com tanto valor para o Rio Grande do Sul continue sendo prejudicada pela falta de infraestrutura.
Saia justa
O projeto de lei enviado pelo Executivo de Estrela à Câmara de Vereadores, que propõe a redução de cargos comissionados (CCs) na prefeitura, tem rejeição entre os próprios vereadores do atual governo. Apesar do discurso de austeridade do governo, a proposta enfrenta resistência da maioria dos parlamentares, que indicam tendência de rejeição. A expectativa é que o projeto nem chegue a ser votado.
Derrotas no Legislativo
O prefeito de Forquetinha, Paulo José Grunewald, sofreu derrotas no Legislativo na última semana, com a reprovação de três projetos. Um dos projetos rejeitados propunha o investimento de R$ 2 milhões na pavimentação de uma estrada que liga o município à Vila Haas. A proposta teve a votação contrária de dois vereadores do PP, partido do prefeito: Henrique Kruger e Ademir Becker. Além disso, outra proposta que não foi aprovada seria a compra de veículos para a saúde, incluindo um carro e uma ambulância, com um valor de quase R$ 500 mil. Nos bastidores, especula-se que as rejeições estão relacionadas a desavenças internas no PP, algo injustificável em reta final de governo, tendo em vista que o atual prefeito fez seu sucessor com a eleição de Vianei Noll e deixa o governo com aprovação positiva.