Comitê almeja concluir Plano de Bacias ainda neste ano

Taquari/Antas

Comitê almeja concluir Plano de Bacias ainda neste ano

Documento está em análise na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e estabelece diretrizes sobre obras estruturantes e de mitigação para episódios climáticos extremos

Comitê almeja concluir Plano de Bacias ainda neste ano
Plano de bacias está em análise no governo do Estado desde 2012. Documento estabelece critérios sobre cotas regionais, possíveis obras e estratégias para mitigar efeito das inundações
Vale do Taquari

Das três etapas previstas pelo Plano de Bacia, a região aguarda a análise do governo Estadual sobre a última fase. O documento é uma exigência legal para qualquer política pública ou obra estruturante ao longo dos rios que compõem a região do Taquari/Antas.

Na manhã dessa sexta-feira, durante o encerramento do 1º Fórum técnico/científico da Bacia Hidrográfica Taquari/Antas, a presidente Adelaide Ramos, detalhou as ações do comitê ao longo de 2024. De acordo com ela, o objetivo é concluir o plano de bacias ainda neste ano.

O coordenador do Fórum das Bacias Hidrográficas e vice -presidente do comitê regional, Júlio Salecker, destaca que o plano está em elaboração desde 2012. “O que falta é a devolutiva do Estado”.

As três etapas vão de diagnóstico, prognóstico e plano de ação. Pelo entregue até agora, há pelo menos 30 ações previstas para os mananciais.

Das nascentes que desembocam no Taquari até a foz, em Triunfo, no Rio Jacuí, a bacia tem 119 municípios. São 27 mil quilômetros de área de chuva, com interferência sobre a parte baixa do Vale. “É a maior do país em número de cidades. Na parte baixa, onde estamos, são 12. Aqui pode estar um céu de brigadeiro, um dia lindo, e mesmo assim termos enchentes. Basta chover nos outros 102”, explica.

Durante o fórum dessa sexta, Salecker destacou a necessidade de ações para mitigar os efeitos dos extremos climáticos. “A região mais atingida foi o Vale do Taquari. Tivemos na parte baixa uma enxurrada, com muita destruição provocada pela força da água. Na parte das cabeceiras, os escorregamentos (deslizamentos), com uma incidência que nunca vimos no Brasil ou até mesmo na América Latina.”

Desde 2010, especialistas gaúchos e das instituições federais de monitoramento afirmam que o RS é um corredor vulnerável do país em termos de incidentes climáticos extremos. Ciclones extratropicais, frentes frias estacionárias (como a que causou o alto volume de chuvas na bacia do Rio Taquari no início de setembro de 2023), em contraste com as secas.

Eleição do comitê

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) abriu a inscrição para organizações sociais para a eleição da gestão 2025/26 do Comitê da Bacia Hidrográfica Taquari/Antas. Ao todo, são 50 cadeiras para titulares e o mesmo número de suplentes.

Conforme Júlio Salecker, são 40 representantes dos usuários e da população (20 para cada), além de dez nomes indicados pelo Estado. As inscrições vão até 11 de janeiro. Após essa fase, ocorre a votação. “Todos os inscritos vão para um local escolhido pela atual administração do comitê. A gente reúne cada categoria e entre eles são escolhidos os representantes.”

  • A bacia hidrográfica do Taquari/Antas tem 119 municípios gaúchos.
  • É a maior bacia do país em número de cidades.
  • Representa 9% da área do Rio Grande do Sul
  • São 27 mil quilômetros quadrados de área total
  • Pega rios da parte alta (Carreiro, Guaporé, Prata, Antas, Forqueta, além de vários córregos e arroios). Todos se unem ao Taquari.
  • O Rio Taquari tem uma extensão de 156,6 quilômetros
  • Passa por um total de 37 municípios (mais de 360 mil habitantes)

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