Nascido em Concórdia (SC), Reginaldo Luís Machado se mudou ainda criança para Canabarro, município de Teutônia. Os pais e seu irmão se estabeleceram no bairro mais populoso. Estudou em escola pública e ainda na adolescência começou a trabalhar na fábrica Reifer Calçados. Depois de começar sua trajetória profissional, passou por outras empresas, e do seu pai, herdou a vocação de vendedor.
Foi nesse mesmo bairro, que há 12 anos começou sua trajetória de empreendedor. Hoje, proprietário da RM Automotive, conta com mais de 130 vendedores espalhados pelo Brasil, totalizando aproximadamente 180 funcionários. A empresa busca estar atenta ao mercado e planeja novos horizontes com a entrada de produtos na linha de construção civil.
A linha de produtos própria Isalitec vai recebendo cada vez mais atenção do empresário, com a finalidade de ampliação do portfólio para os próximos anos. Hoje, além da RM Automotive, que comercializa e distribui produtos voltados ao setor automobilístico a da marca própria de produtos Isalitec, a empresa é importadora e revendedora exclusiva do produto “pegatanke”.
Além disso, a empresa mantém em Canabarro a loja Impérium Center Parts, especializada em reposição de peças automotivas, grampos e químicos para linha leve e pesada.
Dica de leitura
A marca da vitória
Phil Knight
A autobigrafia de Phil Knight, o homem por trás da Nike, revela detalhes da criação da marca mais emblemática, inovadora e rentável do mundo. Nesta obra, é possível conhecer os primeiros modelos de tênis e relembrar os contratos com grandes atletas.
Phil também destaca as relações com as pessoas que formariam a alma da Nike: seu ex-treinador de corrida, Bill Bowerman, e os primeiros funcionários, um grupo de desajustados geniais que rapidamente se tornou uma família.
Entrevista
Reginaldo Machado • diretor da RM Automotive
“Persistência, caráter e o tempo fizeram a diferença”
Vini Bilhar – De onde vem o Reginaldo, não como empresário, mas sim como pessoa?
Reginaldo – Eu nasci em Concórdia (SC), em 12 de fevereiro de 82. Meus avós paternos e maternos eram aqui de Paverama. Meu pai veio visitar os parentes, conheceu minha mãe e voltou para Santa Catarina. Eles moraram por muitos anos lá e voltamos em 88. Com seis anos vim para Canabarro, onde moro desde então.
Vini Bilhar – Como começa a sua história profissional?
Reginaldo – Meu primeiro emprego foi em uma empresa de calçados, em 1986. Comecei na expedição e depois fui para a esteira. Foram dois anos e sete meses que trabalhei com muito orgulho. Acho que isso é uma das escolas que falta hoje para a juventude. Eles não têm culpa, mas hoje, infelizmente eles começam a trabalhar tarde. Quando tu entra com 16 ou 18 anos, até tu entender isso, demora. E nós, com 18 anos, já sabíamos o peso de trabalhar, de cumprir horário e respeitar o mais velho. Isso é uma coisa que falta e uma das essências que trago para mim.
Vini Bilhar – Em que momento você vai para o setor de vendas?
Reginaldo – A venda está na minha veia. Meu pai tinha uma energia natural, era um vendedor nato. Ele chegava nas casas vendendo jogo de cama, cueca, calcinha, sutiã… muitas vezes pegava nas lojas em Canabarro e ia para o interior. A venda acho que está em nós, na nossa família. Além do meu pai, muitos tios também trabalhavam nas vendas. Mas acho que meu pai era o melhor vendedor da família, porque ele tinha um dom incrível de envolver.
Vini Bilhar – Quando surge a RM Automotive?
Reginaldo – Começo ela no final de 2012. Foi registrada no dia 20 de dezembro, que é dia do mecânico e do aniversário da minha esposa. Eu já tinha uma clientela onde eu trabalhava antes que era muito fiel a mim, pela forma que eu trabalhava. A grande maioria das mecânicas da região me conheciam como vendedor. A persistência, o caráter e o tempo fizeram a diferença.
Vini Bilhar – Quais são os três adjetivos aos quais você não abre mão?
Reginaldo – O primeiro é o caráter profissional, que se deve ter todos os dias. Outra coisa importante é o networking, mas o principal, que se deve cuidar, são os teus valores. Muitas vezes quando tu começa a ganhar um pouco de dinheiro, em cidade pequena tu acaba ficando um cara mais atrativo e muitas vezes perde os valores, como a família.