Um dos projetos aprovados na sessão da câmara de Lajeado nesta terça-feira, 19, modifica uma lei municipal que possibilita o avanço de permuta de áreas com a Docile Alimentos Ltda.
Trata-se da lei 11.799, criada em 24 de outubro de 2024. Na prática, apenas foi alterado o nome da empresa que será proprietária do terreno repassado pelo município. Na matéria original, a troca seria diretamente com a Docile Alimentos. Entretanto, para fins de registro das propriedades, a permuta ocorre com a NJH Administração e Participações S/A, uma “holding” que administra o patrimônio da marca de Doces reconhecida internacionalmente e com sede às margens da ERS-130. A permuta integra um projeto de expansão da fábrica.
A matéria não integrava a Ordem do Dia e avançou depois de acordo entre os líderes de cada partido, o que ocorreu após 15 minutos de interrupção na sessão para debate entre os vereadores, após pedido da bancada do MDB.
Homenagem para Miss RS da década de 1970
O outro projeto aprovado denomina de Praça Maria Bernardete Betti um espaço público situado na Avenida Rio Grande do Norte, bairro Universitário. O texto é de autoria de Deolí Gräff (PP). “A mulher professora, bonita, de coração bonito. Eu penso que é um reconhecimento bonito e muito justo”, resume.
A homenageada foi a primeira mulher do Vale a conquistar o Miss Rio Grande do Sul na década de 1970. Além de vencer outros concursos de beleza em âmbito regional e estadual, a lajeadense auxiliou na preparação de jovens para o Baile de Debutantes do Clube Tiro e Caça e lecionou no Colégio Castelo Branco (Castelinho). A mulher faleceu em 2014.
Documentos no lixo e novas manifestações sobre a Corsan
A polêmica sobre o aditivo no contrato entre o município e a Corsan/Aegea novamente pautou a manifestação de vereadores oposicionistas. Após arremessar documentos no chão do plenário na sessão passada, Márcio Dal Cin (MDB) fez uso de uma lixeira para protestar contra o modelo de negociação adotado pelo prefeito Marcelo Caumo. Enquanto criticava, o vereador colocou na lixeira de forma simbólica uma cópia do contrato vigente para fornecimento de água e tratamento de esgoto, além de estudo feito por uma empresa contratada e o levantamento desenvolvido por uma comissão especial do próprio Legislativo.
“Havia metas para serem cumpridas até 2032, até 2028. Aliás, antes disso, 90% do saneamento básico deveria estar funcionando. Como a prefeitura não fiscalizou, o prefeito encontrou uma forma de escapar de sua incompetência e de não atingir as metas previstas. Ele quer assinar um aditivo para contornar a questão e sair como um heróizinho”, disparou.
Eder Spohr (MDB) pediu à Secretaria do Meio Ambiente informações sobre as licenças de saneamento e esgoto da Corsan. Segundo o emedebista os prazos aparecem como vencido no site da prefeitura. Isidoro Fornari Neto (PP) rebateu com a afirmativa de que as licenças estão em dia.
Alguns discursos também abordaram os números da Expovale+Construmóbil. A feira, realizada no Parque do Imigrante nas últimas duas semanas, atraiu 108 mil visitantes e contabilizou R$ 120 milhões em negócios.
A próxima sessão será na terça-feira, 26 e abre uma contagem regressiva para a transição que marcará a saída do plenário de: Sérgio Kniphoff (PT), Carlos Ranzi (MDB), Márcio Dal Cin (MDB), Isidoro Fornari Neto (PP), Deolí Gräff (PP) e Heitor Hoppe (PP).