A Associação Lajeado de Futsal (Alaf) vive um momento decisivo para sua continuidade e para o futuro do tempo profissional. O atual presidente da Alaf, Alexandre Heisler, confirmou nesta semana que a entidade passará por mudanças significativas, a começar pela antecipação da eleição para a nova diretoria do biênio 2025-2027, que agora será realizada em dezembro, ao invés de janeiro.
Essa decisão tem como objetivo facilitar a gestão e garantir que as contas sejam organizadas até o final do ano, evitando transtornos financeiros no início do próximo ciclo. Segundo Heisler, essa medida visa evitar um problema recorrente. “Com a eleição em janeiro, as contas da Alaf ficam travadas no final de dezembro, porque precisamos da Ata da nova eleição para obrigação com as operações”, explica.
A antecipação, além de facilitar as obrigações financeiras da Alaf, permitirá que uma nova diretoria comece o ano com os projetos e parcerias já ajustadas. “Essa mudança dará um mês a mais para quem assume conseguir buscar projetos e firmar parcerias”, destacou Heisler.
No entanto, o dirigente deixou claro que o seu compromisso com a Alaf está próximo do fim. Ele comenta que já havia planejado encerrar a gestão no ano passado, mas pediram para continuar após a chegada de um projeto patrocinado pela KTO para a região. “A gente está há dez anos nisso, e é muito sofrido. Agora, no máximo, pretendo ajudar nossos projetos sociais. Se ninguém quiser assumir o profissional, fechamos ele”, afirmou.
Além disso, comenta que caso a Alaf seja contemplada com recursos do Pró-Esporte para manter o time adulto, disse que, se for necessário permanecer como presidente, limitará a atuação às funções administrativas e burocráticas, sem envolvimento com outras questões da quadra. “Apenas farei a parte administrativa e burocrática do projeto. Nada mais referente a nada”, completou.
Avaliação da temporada
Heisler comenta que a temporada foi bem planejada. “Era um projeto lindo para representar o Vale do Taquari após setembro de 2023. Ele se iniciou muito bem, com ótimas perspectivas, porém, novamente a tragédia que assolou nosso Vale, impactou muito para gente”, cita.
O presidente destaca que o clube perdeu muita receita de eventos e promoções que estavam planejadas, além de patrocinadores. Cita que alguns atletas saíram no meio da enchente. “Tivemos que repor 50% do plantel, isso resultou também em iniciar todo trabalho de novo.”
Para ele, o ano foi um dos mais desafiadores da história. “Conseguimos cumprir com tudo que foi acordado”. Heisler lamenta sobre a falta dos espaços para treinamentos. “A cada ano que passa temos menos espaço, isso não é mais possível de seguir competindo, todos nossos adversários treinam com ginásios a disposição e não conseguimos mais de duas noites.”