Como a logística, o abastecimento e a comunicação impactam o futuro da região. Esses são questionamentos abordados na revista Infraestrutura, que será lançada pelo Grupo A Hora na noite de hoje, 14, às 17h, durante a Expovale + Construmóbil.
O momento conta com programação especial na rádio, direto do estande do Grupo A Hora na feira, com debate sobre os avanços e gargalos do segmento.
Diretor editorial e de produtos do A Hora, Fernando Weiss destaca as conexões digitais e telefônicas inoperantes, a energia elétrica interrompida, falta de água e queda das pontes durante as enchentes de maio, que reforçaram a necessidade do Vale investir e melhorar sua infraestrutura. “Jamais as fragilidades logísticas, de abastecimento e de comunicação ficaram tão extenuadas”, afirma.
Weiss acredita que o abalo provocado nas três áreas seja suficiente para se colocar em prática velhos movimentos e projetos que já poderiam ser positivos à região em tempos de crise. Ele destaca projetos desde a pavimentação de rodovias históricas, como a ERS-129 de Colinas a Roca Sales, de novas pontes sobre o Forqueta e o Taquari, da instalação de antenas de internet via satélite em locais estratégicos, até a qualificação do sistema de abastecimento de luz e água.
Diante dessa urgência surge a revista Infraestrutura, para nortear caminhos, apontar saídas e provocar debates e investimentos necessários. Por meio de um apurado trabalho jornalístico, a publicação se aprofunda nos temas
relacionados à comunicação, logística e abastecimento.
Impactos
Doutora em Desenvolvimento Regional e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini destaca que, no Rio Grande do Sul, o custo médio de logística dos produtos é muito alto.
“Nos EUA, é 9% do custo da mercadoria, aqui chega a 20%. É um custo que já é muito alto para o nosso produto, porque a gente transita em estradas ruins Brasil afora, fica trancado em um trânsito como esse”.
Cíntia ainda reforça a falta de aeroportos na região e a dificuldade, diante de uma crise como a vivida a partir de maio, de acessos entre diferentes áreas do estado.
“São prejuízos que não são considerados diretos, mas posso deixar de estar fazendo negócio. E daí se olharmos setores específicos, quando você olha para o agro, olha o impacto. Isso em todas as dimensões de estrutura, desde a comunicação, energia, água”.
A profissional diz ser necessário que as lideranças regionais olhem para o momento em que o Vale está e para as necessidades atuais de todos os municípios, para garantir qualidade de vida, sustentabilidade dos negócios e desenvolvimento regional.