“Não é apenas abastecer e sim ajudar as pessoas a seguir sua jornada”

ABRE ASPAS

“Não é apenas abastecer e sim ajudar as pessoas a seguir sua jornada”

Luiz Kunczler, 60, é frentista em um posto de combustível às margens da BR-386, em Marques de Souza. Natural de Arroio do Meio, ele já foi caminhoneiro e viajou por 18 anos pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Hoje, além de atender clientes e orientar motoristas, ele compartilha histórias e lembranças de figuras famosas que já passaram pelo posto. Ao longo dos anos de trabalho destaca os encontros com famosos e amigos que formou

“Não é apenas abastecer e sim ajudar as pessoas a seguir sua jornada”

Como é o seu dia a dia como frentista em um posto de combustível às margens de uma rodovia movimentada?

É um trabalho intenso, mas muito gratificante. A BR-386 é uma rodovia muito movimentada, então a gente atende tanto quem está de passagem quanto os moradores da região. É um entra e sai o tempo todo, e eu preciso estar sempre atento, desde o abastecimento até orientações para quem está na estrada. Tem dias que são corridos, mas gosto de estar em contato com diferentes tipos de pessoas.

Você já trabalhou como caminhoneiro por muitos anos. Isso ajuda a orientar melhor os motoristas que param no posto?

Com certeza! O fato de ter sido caminhoneiro por 18 anos me ensinou muito sobre as estradas e as dificuldades que os motoristas enfrentam. Então, quando vejo um colega caminhoneiro ou alguém com dúvidas sobre a rota, posso ajudar com dicas de onde é melhor parar, lugares seguros para descansar, e até detalhes de como está o trecho que eles vão pegar. Já passei por muitas situações, então fico feliz em poder dar esse suporte.

E durante todo esse tempo, já atendeu alguma personalidade ou artista famoso?

Alguns, vários. Aqui no posto já passaram o Guri de Uruguaiana, o Baitaca, o pessoal da banda Knecus de Santa Cruz, o Gaúcho da Fronteira, o Thomas Machado do The Voice Kids e até o ex-jogador do Grêmio, Jorge Baideck.

Como foi atender essas pessoas?

É sempre um momento especial quando algum famoso para por aqui, porque a gente acaba trocando uma ideia, e muitos deles são bem simples e próximos do público. Fica uma lembrança boa, algo pra contar.

Alguma dessas ocasiões foi marcante para você?

Acho que todos esses momentos deixam uma marca, mas lembro do dia em que o Guri de Uruguaiana parou aqui. Foi um alvoroço. A clientela reconheceu ele, e logo foi uma correria para tirar fotos e pedir autógrafo.

Como é a relação com os colegas de trabalho no posto?

Tenho muito orgulho dos amigos que fiz aqui. A gente acaba virando uma família, porque estamos juntos todos os dias, às vezes enfrentando dias difíceis e situações complicadas. O companheirismo que construímos é uma das melhores coisas do trabalho. Quando um precisa de ajuda, o outro está sempre por perto, seja pra dar uma mão ou simplesmente pra ouvir. Esse ambiente de amizade é o que torna o trabalho mais leve e gratificante.

O que você diria para alguém que está começando agora nesse tipo de trabalho?

Eu diria que é um trabalho que exige dedicação e atenção. Eu não sabia muito, mas recebi a oportunidade e com o tempo adquiri muita confiança. Aqui, você não está apenas abastecendo veículos, mas ajudando pessoas que estão em suas jornadas. É importante tratar cada cliente com respeito e entender que, para muitos, você pode ser uma ajuda em momentos de pressa ou dificuldade. Também diria para valorizar a amizade dos colegas, porque isso faz toda a diferença na nossa rotina.

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