Em meio a especulações sobre a composição do governo de Gláucia Schumacher e Guilherme Cé, o presidente do PSDB em Lajeado, Carlos Reckziegel, indica modificações na estrutura de administração. A declaração foi feita em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora nesta segunda-feira, 11.
De acordo com o líder do partido que integra a base na atual e a próxima gestão, as mudanças partem do aumento rápido no número de habitantes de Lajeado nos últimos oito anos, que saltaram de 80 mil para quase 100 mil habitantes.
“Eu estive até abril deste ano neste governo. Entendo que a administração invariavelmente precisa de uma reforma administrativa. As necessidades são outras. Precisamos de mais secretarias, reorganizar departamentos. Em 2017, quando assumimos, reduzimos a máquina e desde então tocamos com uma equipe mais enxuta da que a nos antecedeu”, analisa.
Reckziegel aponta que uma alteração viável seria integrar as pastas de cultura e turismo e desvincular o esporte da secretaria chefiada por ele até abril deste ano, quando pediu exoneração em função da legislação eleitoral.
“Foi perdida a conexão com a sociedade, é preciso reconectar. É preciso fazer a leitura de que há coisas a serem feitas”, complementou o líder do PSDB no município ao mencionar o resultado da disputa majoritária, onde a vantagem do governo reduziu em comparação ao pleito anterior.
Convite para Paula Thomas
Com 845 votos somados na eleição deste ano, Carlos é o primeiro suplente do PSDB na câmara. O partido conquistou uma cadeira no Legislativo, com Paula Thomas, que acumulou 1.054 votos. Entretanto, há a expectativa de que ela aceite um convite para integrar o secretariado de Gláucia Schumacher na gestão que inicia em 2025.
“É uma decisão pessoal da Paula. Houve o convite da prefeita eleita, mas não se falou sobre qual secretaria. É algo que pode ser definido ainda nesta semana”, projeta. Se a vereadora reeleita der sinal positivo para o cargo na administração municipal, Reckziegel assume a vaga no Legislativo.
Futuro do PSDB em Lajeado
As eleições de 2024 não apresentaram o resultado esperado pelo partido. A projeção era manter as duas cadeiras conquistas em 2020 na câmara. Além disso, a sigla articulou uma possível candidatura a vice na composição com Gláucia Schumacher, o que não se concretizou.
“Nós precisamos fazer o tema de casa, olhar para dentro e trazer pessoas. Acima de tudo não ter divergência para o partido se manter ativo”, resumiu.
O ex-secretário da Cultura, Esporte e Lazer de Lajeado também respondeu sobre o momento do PSDB em âmbito nacional, a votação dele nas eleições de outubro e a leitura sobre a polarização.
Assista a entrevista completa: