Estrada que a região central com Porto Alegre, a RSC-287 começa a receber as primeiras obras para duplicação do trecho de 204 quilômetros. Os primeiros trabalhos se concentram nos perímetros urbanos de Tabaí, no Vale do Taquari, e em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. Esses trechos devem ficar prontos até agosto do ano que vem.
Desde 2021 sob responsabilidade da Rota de Santa Maria, concessionária do Grupo Sacyr, a rodovia será duplicada desde Tabaí até Santa Maria e a projeção é de toda a extensão ganhe nova pista até 2042, em um investimento que deve chegar a R$ 3 bilhões. O pacote inclui também novas pontes, viadutos, retornos e passarelas.
A ordem de início das obras foi assinada esta semana pelo governador Eduardo Leite, em ato no trevo do Fritz e Frida, em Santa Cruz do Sul. Os trabalhos, pelo cronograma inicial, começariam no primeiro semestre, mas a enchente de maio forçou mudanças no planejamento. A estrada sofreu com danos em diversos pontos, incluindo o trecho de Vila Mariante, interior de Venâncio Aires.
Em discurso na solenidade, o governador Eduardo Leite afirmou se tratar de um momento emblemático para o RS, visto que a 287 passa por diversas regiões. “É só o início de um grande processo de duplicação que vai qualificar os deslocamentos, dar mais segurança e conforto para c conectar os sonhos de quem percorre essa rodovia”, ressalta.
Primeiras máquinas
Em Tabaí, a movimentação de máquinas e trabalhadores já é percebida por moradores e também motoristas que passam pelo trecho. Serão dois quilômetros duplicados, a partir do entroncamento com a BR-386. O local, conforme o prefeito eleito do município, Anderson Vargas, tem grande circulação de pessoas, sobretudo pela presença da maior escola estadual da cidade.
“Temos uma expectativa muito grande com a melhoria no trânsito e segurança, pois é uma parte urbana de Tabaí e com uma escola às margens da 287. É uma obra importante e que nos deixa empolgados, pois vai gerar retorno de ICMS ao município e gerar empregos”, projeta Vargas, que acompanha as discussões sobre a duplicação desde os tempos de vereador.
O futuro gestor do município diz ter feito reivindicações para ter acesso ao projeto de duplicação, pois o mesmo passou por adequações desde que foi apresentado pela primeira vez. “Estamos acompanhando para que a população não fique desassistida. Temos um diálogo bem tranquilo com a concessionária. O mais difícil é implementar as melhorias que julgamos importantes”.
Entre os pedidos, estavam duas passarelas, rotatórias nos trechos com maior circulação de pessoas e uma elevada, obra que não foi incluída por ser considerada inviável. Além disso, acredita ser necessária a construção de ruas laterais nos dois sentidos da rodovia. O projeto prevê a via lateral apenas do lado esquerdo, no sentido capital/interior.
Já o trecho de Vila Mariante, severamente afetado pela inundação do Rio Taquari, deve ser duplicado somente a partir do próximo ano. Havia a expectativa de que a obra fosse antecipada para esse ano. O diretor da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, chegou a admitir essa possibilidade em entrevista ao A Hora em junho.
As obras na RSC-287
- Duplicação de toda a extensão da rodovia (204 km)
- Restauração de toda a extensão da rodovia existente (204 km)
- Manutenção da rodovia após restaurações até o final da concessão
- Implantação de 12 km de vias marginais
- Implantação de 20 passarelas
- Implantação de 28 rotatórias/rótulas
- Implantação de 10 retornos em nível
- Adequação de 9 interseções existentes
- Implantação de 4 interseções em dois níveis (passagem inferior/trombeta)
- Implantação de 7 km de terceiras faixas
