De anéis e travessias

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

De anéis e travessias

O assunto é absolutamente relevante prá ser muito bem avaliado previamente, até porque tem reflexos inclusive a longo prazo.

Cidades divididas por importantes eixos rodoviários já é um baita pepino prá administrar na conciliação com a tal mobilidade urbana e não me parece uma boa solução simplesmente torná-las “trivididas”. Mas quem sou eu prá meter o bico onde não fui chamado.

Melhor aguardar estudos e propostas técnicas de quem entende muito mais do assunto.

REMEMBER MANZANAS

No tempo em que o Cavalo de Tróia era apenas um jovem potrilho, maçãs consumidas por aqui vinham da Argentina e custavam uma banana.

Com o tempo algumas iniciativas criadas inclusive por aqui, introduziram plantações com as variedades Gala, Fuji, etc., que acabaram se impondo no mercado e as caras “manzanas” sumiram do mapa.

Isso também aconteceu com outros cultivares, tipo a noz pecã, originária da América do Norte, introduzida por aqui há uns trinta e lá me esqueço anos.

Antes também ocorreu com o eucalipto, originário da Austrália, que se deu muito bem por nossas querências. E hoje é uma alavanca muito importante na silvicultura regional e estadual.

Mais recentemente está ocorrendo com as oliveiras e com o azeite de oliva, cujo cultivo e produção vem crescendo sistematicamente. E com muita qualidade, diga-se de passagem.

Mas com um preço ainda meio “salgado”, que assusta o consumidor médio…

DIAMANTES SÃO ETERNOS…

E daí? Os cascalhos também são e nem por isso alguém sai com um deles pendurado no pescoço ou grudado num anel.

Diamantes jóias só tem alto valor estético, mas servem até como reserva de valor, garantido por certos centros internacionais de comercialização.

Não tem utilidade prática nenhuma. Bem diferente dos diamantes industriais, muito utilizados em serras de corte devido a sua alta resistência, mas cujo valor é muito inferior.

Vai entender…

PORQUE A PRESSA?

Pois lá prás bandas do nordeste, mais especificamente no estado do Piauí, segundo as notícias uma tal de Aegea ganhou a concessão do abastecimento de água e tratamento de esgotos praticamente de todos os municípios numa tacada, com a exceção da capital Teresina.

Prazo longo, mais comprido que esperança de pobre, como diz o meu Cumpádi Belarmino. Por lá a realidade é outra, talvez menos complexa do que aqui pelas bandas do sul. Onde muitas iniciativas públicas municipais, comunitárias e particulares já existentes e também confiáveis estão consolidadas.

Sujeito à levar chumbo, sinceramente não me incluo entre os que antevejam uma “dead line” num marco legal pré-estabelecido e enfiado goela abaixo num país continental e tão diversificado como o nosso.

Há muitas questões em aberto, que precisam ser muito bem avaliadas previamente, até porque são decisões que impactam por várias décadas futuras.

Por exemplos: qual a proposta para cada micro-bacia hidrográfica da zona urbana já ocupadas e principalmente as com alta densidade populacional? Qual a proporção de cada sistema de coleta e tratamento de esgotos no universo municipal específico? Unidades uni-familiares e suas respectivas fossas sépticas com sumidouro vão pagar a mesma tarifa de um ¨espigão¨ residencial/comercial/serviços, onde a circulação de pessoas e os investimentos necessários serão muito maiores em relação à mesma metragem quadrada ocupada?

Há várias outras questões a serem devidamente avaliadas e ainda tem muito chão pela frente pra que sejam devidamente estudadas.

Não há pressa, ou como melhor dizem alguns amigos de origem alemã mais experientes: langsam…

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