Quatro projetos, um objetivo

Opinião

Ezequiel Neitzke

Ezequiel Neitzke

Jornalista

Coluna esportiva

Quatro projetos, um objetivo

A Aslivata define neste domingo os finalistas da Série A da Copa Certel/Sicredi. Os quatro semifinalistas da categoria titular — Taquariense, Tiradentes, Juventude Guaporé e Canabarrense — compartilham o mesmo objetivo: chegar à final e conquistar o título. Entre eles, apenas o Canabarrense já viveu essa experiência, ao vencer o Alto da Bronze em 1997. Mas cada um desses clubes leva consigo um projeto que vai além da busca pelo troféu.

O Canabarrense, localizado no coração do bairro Canabarro, em Teutônia, passou por momentos difíceis até chegar em 2024. A equipe enfrentava problemas financeiros e uma estrutura abandonada. Foi então que Vanderlei Weiand, o “Peixe”, ex-atleta e empresário local, reuniu a comunidade para reestruturar o clube. Em menos de quatro anos, conquistou o bicampeonato da Taça Intermunicipal e agora chega à semifinal do Regional, um feito inédito nos últimos 27 anos. O maior legado, porém, é o exemplo de que, com união, a comunidade pode alcançar seus objetivos.

Em Taquari, o Taquariense é liderado pelo incansável Chico, que atua como presidente e principal apoiador do clube. Em suas entrevistas, Chico reforça que, mesmo com poucos recursos, é essencial disputar o Regional para manter a cidade envolvida. Em 2019, o Taquariense conquistou sua melhor campanha, sendo eliminado pela Assespe, de Venâncio Aires, na semifinal. Com uma escolinha e um projeto social, o clube se aproxima cada vez mais da comunidade. A meta é conquistar o Regional nos próximos cinco anos, mas a prioridade é formar uma base sólida — prova disso é que, nesta temporada, a média de idade da equipe é de menos de 25 anos. Embora possa ficar pelo caminho, como em 2019, o Taquariense mostra que é possível montar um bom plantel com orçamento limitado.

O Tiradentes, de Nova Bréscia, é conhecido não só pelo futebol, mas também pelas festas que atraem visitantes de toda a região. Com a renda desses eventos, o clube investe na infraestrutura, e hoje possui um dos melhores gramados e vestiários da competição. A diretoria é ativa e dedicada ao futebol. Diferente de outros clubes, o Tiradentes não participa do campeonato municipal no primeiro semestre, pois existe um acordo local que direciona os esforços para o Regional. Após um retorno discreto no ano passado, manteve a base e contratou atletas experientes, como o goleiro Carlão. Agora, o clube busca chegar à sua primeira final.

O Juventude, de Guaporé, voltou ao Regional em 2022 com o objetivo de se reorganizar para, quem sabe, retornar ao futebol profissional. A cada temporada, o clube aprimora sua gestão. Em 2024, jogando em uma sede moderna e com uma equipe reforçada por ex-profissionais, o Juventude conquistou uma vaga na semifinal tanto na categoria titular e no aspirante. A continuar nesse ritmo, o tempo parece estar cada vez mais próximo de alcançar a Divisão de Acesso.

Cada um desses projetos é um exemplo de como o esporte pode mobilizar comunidades e sonhos que vão além das quatro linhas do campo.

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