No momento é apenas uma indicação, mas é viável que a próxima administração de Lajeado desenvolva uma secretaria específica voltada a assuntos como: capina mecanizada, roçada, iluminação pública e ações para embelezamento da cidade. O assunto veio a público pelo vereador reeleito, Fabiano Bergman, que também atuou como secretário de Obras nos últimos anos. Ele revelou conversas com a futura prefeita sobre o assunto.
Nas redes sociais, o vereador eleito pelo PL, Neco Santos, classificou como “importante” a criação da secretaria de zeladoria e incluiu sugestões para serviços de pinturas de meio fio e recolhimento de lixo.
Esse cuidado com a cidade é um dos três pilares no plano de governo de Gláucia e Cé. É uma medida que vem muito ao encontro do que mostrou a campanha e as urnas, com uma insatisfação grande de determinados bairros com a atual gestão.
Se uma estrutura exclusiva para estas demandas for desenvolvida, é fundamental a eficiência e praticidade dos servidores. Não basta apenas criar um novo departamento, é preciso que o serviço funcione. E isso passa por uma criteriosa escolha no chefe da pasta.
A fundamental aproximação com a CCR
Em menos de 60 dias, Gláucia Schumacher será a prefeita de Lajeado. E uma das urgências do cargo inclui um estreitamento com a direção da CCR ViaSul.
O episódio mais recente é a multa de R$ 500 mil aplicada ao município pelo Ibama por supostas intervenções em faixa de domínio federal sem uma autorização, na chamada “Ponte-Seca”. O denunciante foi a CCR. A concessionária também solicitou que o município suspendesse as obras na rua Bento Rosa, por falta de um estudo técnico.
Com ou sem multa, a necessidade de uma aproximação entre a CCR e o governo municipal é irrefutável. Também é compreensível o possível desgaste na relação com os atuais gestores, tudo natural. Dito isso, é fundamental puxar para perto os representantes da concessionária que detém os direitos da maior ligação de todo o Vale com o restante do estado.
Sob o olhar do PSD
Que Eduardo Leite quer ser candidato à presidência em 2026 é público e notório. Ele chegou a abrir mão de um período no governo estadual para conquistar o espaço dentro do próprio partido, o PSDB, para as eleições gerais. Ao perceber que as intenções da sigla para 2026 são outras e envolvem nomes com mais circulação no centro do país, o governador não fecha as portas para “flertes” com outros partidos. Há quem aposte no governador no quadro do PSD justamente com um olhar para as eleições nacionais.
O PSD foi o partido que mais elegeu prefeitos no país: 891. O PSDB cresceu no RS, passando de 30 para 35, mas o Estado foi uma exceção. No Brasil, o número de prefeitos eleitos pela legenda caiu de 512 em 2020 para 274 neste ano.
Dobradinha do PT em 2026
Em entrevista ao programa Conexão Regional da Rádio A Hora, o coordenador regional do PT no Vale, Jones Fiegenbaum, apontou que a sigla deve ter duas candidaturas regionais nas eleições de 2026. A chamada “dobradinha” para deputado estadual e federal. Um candidato definido é Maneco Hassen. Foram 34.532 votos somados com o histórico de ex-prefeito de Taquari e ex-presidente da Famurs. A representatividade no governo federal que atualmente Maneco dispõe é uma aposta para subir a votação daqui a dois anos. Falta escolher a qual cargo Maneco concorrerá e quem será o outro nome do partido no Vale do Taquari.