O sábio, o honrado e o próspero

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

O sábio, o honrado e o próspero

Para Platão, há três tipos de pessoas. As apaixonadas pela sabedoria; depois, quem ama a honra acima de tudo; e, por fim, quem tem como meta de vida o lucro.

Entenda bem, isso não quer dizer que um sábio não possa desejar a distinção ou também obter alguma prosperidade. Nem que alguém mais preocupado com o status não tenha apreço pelo conhecimento ou pelo dinheiro. Muito menos quer dizer que quem busca riqueza é vil por natureza, sem valores ou dotado de pouco esclarecimento.

O discípulo de Sócrates acreditava que essas três prioridades norteiam o espírito de cada indivíduo, em que uma dessas características se sobrepõe às outras, ainda que cada uma tenha algum espaço.

No olhar sobre a sabedoria, o risco é um excesso de desapego ao que o outro pensa. Dotado de autossuficiência e muito próximo da arrogância.

Na paixão pela honra, a preocupação extrema de como ser visto. Os louros, a admiração e o ser apreciado geram satisfação. No extremo, está o egocentrismo, a vaidade e a megalomania.

No amor pelo lucro, uma preocupação demasiada por acumular bens materiais. Uma dedicação superior para ter vantagens, indiferente do caminho para conquistá-las. Assim como os demais, no perfil mais latente, está a falta de escrúpulos, de empatia e a avareza.

Pelo pensamento filosófico temos uma oportunidade de encontrar significados sobre o mundo e sobre os sujeitos. Chamo atenção para estas leituras frente ao resultado das eleições nos EUA. A vitória do Republicano Donald Trump tem pontos em comum com uma análise à luz do pensamento de Platão.

Após a vitória do ex-presidente, a primeira reação foi a alta na bolsa de valores, a valorização do dólar e das criptomoedas. O discurso de tornar a América Grande de Novo remete a um passado de imperialismo e desenvolvimento econômico, algo muito próximo do desejo da “mão invisível” do mercado de capital.

Então, pergunto ao nobre leitor: se transformarmos os Estados Unidos em uma pessoa, qual seria a paixão?

Imagem gerada por IA

A gentileza do “Animal Social”

A próxima quarta-feira, 13 de novembro, é o Dia Mundial da Gentileza. Longe de ser piegas, como é difícil manter a compostura. Ainda mais neste mundo líquido de respostas rápidas, de impaciência e de busca incessante pela satisfação. Ao mesmo tempo, como é importante estar acima disso e sempre responder aos estímulos externos de maneira educada, simpática e respeitável.

Uma leitura pertinente sobre as dinâmicas da sociedade é o Animal Social, de Elliot Aronson. A obra desafia o leitor a reconsiderar prioridades e valorizar as conexões humanas. O autor nos mostra que, apesar das pressões sociais e econômicas, é possívelcultivar a gentileza como um valor fundamental.

Do Castelo para Marte

Experimento de estudantes do Colégio Castelo Branco sobre o futuro da exploração do universo foi uma das atrações na Feira de Ciências da Univates, nos dias 17 e 18 de outubro.

Os estudantes do 1º ano do Ensino Médio, coordenados pelas professoras Maria Claudete Schorr e Grasiela Bublitz, tiveram aulas para acessar conceitos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, sigla em inglês). Em cima disso, simulam o lançamento de foguetes, o pouso em Marte e a exploração do planeta vermelho.

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