Em ato na agência da Caixa Econômica Federal de Lajeado, a partir das 10h, o secretário nacional da Reconstrução, Maneco Hassen, e o prefeito de Estrela, Elmar Schneider, assinam a ordem de início da construção de 100 moradias.
A obra integra o programa emergencial voltado a famílias afetadas pela enchente de setembro de 2023. As unidades serão distribuídas em prédios de até quatro andares, em terreno do governo municipal, no bairro Nova Morada.
O cadastramento dos beneficiários começou em 20 de setembro, priorizando famílias com renda de até R$ 4,4 mil e aquelas que dependem de aluguel social ou tiveram suas residências condenadas pela Defesa Civil.
Ao todo, foram feitas mais de mil inscrições. A análise será feita por uma comissão técnica, conforme os critérios de vulnerabilidade social e urgência, para posterior avaliação da Caixa Econômica Federal.
Para Hassen, o projeto representa uma resposta necessária ao déficit habitacional gerado pela enchente: “O governo federal já autorizou mais 900 residências para a cidade. Apesar da urgência, é essencial construir em áreas seguras, fora das zonas de risco de novas inundações.”
A Telesil Engenharia venceu a licitação e estima entregar os apartamentos até o fim do primeiro semestre de 2025.
Próximas etapas
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação de Estrela projeta a construção de mais de 900 residências com o programa federal. Até 14 de novembro, espera-se a divulgação da empresa que executará mais 512 moradias. Outras 400 unidades devem ser construídas entre os bairros Boa União e Pinheiros.
Segundo contrato assinado
Em Lajeado, a construção de 256 casas foi assinada em 22 de outubro. Os imóveis serão no modelo casas, em áreas fora da área de inundação. O projeto será dividido em dois bairros. Os terrenos ficam no Igrejinha, Santo Antônio, Conventos, Jardim do Cedro, Morro 25 e Conservas.
A empresa Artem Engenharia e Construções, de Lajeado, venceu a concorrência. O prazo para a conclusão das casas é de até 18 meses a partir do início das construções.
Resposta à tragédia
Depois da inundação de setembro de 2023, o governo federal brasileiro assumiu um compromisso com a reconstrução das áreas afetadas. A tragédia resultou em mais de 50 mortes e deixou famílias desabrigadas. A estimativa é que pelo menos 2 mil imóveis foram destruídos ou condenados pela enxurrada.
Em março deste ano, o presidente Lula anunciou um pacote de ajuda de R$ 344 milhões para a reconstrução de casas e pontes na região. Desse montante, R$ 209 milhões foram destinados à construção de 857 residências pelo programa “Minha Casa, Minha Vida Calamidades” em 13 municípios, sendo oito no Vale do Taquari.