Audiência pública debate problemas de energia elétrica no Vale

POLÍTICA

Audiência pública debate problemas de energia elétrica no Vale

Reunião proposta pela Assembleia Legislativa ocorreu na câmara de Lajeado com participação de líderes regionais

Audiência pública debate problemas de energia elétrica no Vale
Foto: Henrique Pedersini
Vale do Taquari

O atendimento fornecido pela RGE Sul foi tema de audiência pública, na câmara de Lajeado, nesta quarta-feira, 7. O encontro foi organizado pela comissão especial para tratar dos serviços de energia elétrica no Rio Grande do Sul. Prefeitos, vereadores e líderes regionais elencaram as dificuldades enfrentadas durante e após as catástrofes climáticas de setembro de 2023 e maio deste ano.

A queixa mais recorrente é sobre a comunicação com a concessionária para avisar sobre interrupção no fornecimento de energia, a falta de investimentos na rede em relação a postes e fiação e a instabilidade na voltagem especialmente em propriedades rurais, o que provoca o acionamento de geradores e, por consequência, aumento nos custos de produção.

O presidente da comissão, deputado estadual Edivílson Brum (MDB), aprova o nível dos debates na reunião de Lajeado em comparação com as demais audiências pelo estado. Segundo o parlamentar, todos os apontamentos serão apresentados para representantes da concessionária na reunião final marcada para dezembro na Assembleia Legislativa.

“Foi a audiência com maior número de participantes. É um problema grave que a região sofre aqui com a RGE e na capital com a CEEE Equatorial. Fomos demandados por muitas lideranças de diferentes regiões e isso motivou a criação desta comissão especial. É um assunto que precisamos avançar, especialmente nesta região que há muitas propriedades rurais ou indústrias com uma necessidade de um serviço de qualidade”, definiu.

A presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cintia Agostini, abordou a diferença na qualidade do serviço em comparação com a Cooperativa Certel em relação a estabilidade no fornecimento de energia, velocidade no atendimento e a comunicação eficiente. “Nosso Corede fala deste tema há muitos anos. Eu em Lajeado tenho velas em casa pois lá falta energia elétrica e muito próximo em casas que o serviço é prestado pela Cooperativa Certel funciona melhor”, exemplificou.

O prefeito de Vespasiano Côrrea, Thiago Michelon, reconhece a evolução nos últimos anos do atendimento da RGE, após as catástrofes, porém avalia que há espaço para um serviço ainda mais eficiente. “A RGE também foram se adaptando ao longo das tragédias, se percebeu uma evolução, porém não precisamos uma nova tragédia para evoluir mais. Não adianta o município investir em terraplanagem, falamos em robótica para ordenha de leite, luz de led e outras tecnologias e a qualidade da energia fornecida pela RGE não é boa”, analisou.

 

Outras manifestações

Foto: Henrique Pedersini

Deputada estadual Adriana Lara (PL) – “Queremos ouvir as comunidades, construir um relatório e buscar a solução dos problemas. Propomos um projeto de lei que prevê a indenização aos consumidores que ficam sem o serviço de energia elétrica. É inadmissível que a população assuma as despesas por perda de alimentos e demais prejuízos.”

Capitão Martim (Republicanos) – “O relacionamento com a concessionária é péssimo. Durante a enchente pedimos o corte de energia para trabalhar no resgate de pessoas e encontramos fios energizados em meio a ruas alagadas. Se tivesse um gerador nas antenas a gente teria a comunicação, os municípios não ficariam isolados. Tem produtores perdendo tudo, demora mais de 20 dias as vezes para reestabelecer o serviço”.

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