Viajar é uma experiência que vai além da simples prática de ir de um lugar a outro. Está relacionada à liberdade, ao ato de se sentir livre e conectado a novas culturas e paisagens, como revela Vera Riediger, diretora da Free Agência de Turismo. Há quase 30 anos no mercado, a agência tornou-se uma referência em Lajeado e região por ajudar os clientes a realizarem sonhos de forma personalizada e pensar em cada roteiro nos mínimos detalhes, a fim de garantir experiências únicas.
Vera conta que a paixão pelo turismo surgiu quando ainda era criança. “Foi quando estudava no Melinho e tinha uma professora de inglês que levava slides da Ilha de Páscoa. Eu viajava naquele cenário. Então começou na minha cabeça o desejo de querer viajar, mas nunca pensei em trabalhar com isso”.
Já adulta e com os filhos pequenos, ela foi convidada a compor a equipe da Matte Viagens, uma agência de Santa Cruz do Sul que abriria filial em Lajeado. “Todo meu início de agência aprendi com eles. Hoje somos sócios na Redetur, primeira rede de agências de viagem criada no Brasil”. Três anos depois, desta primeira experiência, ela e sua sócia decidiram fundar a Free, criando uma marca com propósito e identidade forte.
A escolha do nome da agência, segundo Vera, faz jus ao propósito da empresa: simbolizar a liberdade de escolha das pessoas pelas suas jornadas no mundo e a liberdade da equipe em proporcionar as melhores experiências.
Roteiros personalizados
É pela montagem de roteiros baseados nas demandas pessoais de cada cliente ou família que a Free é reconhecida no mercado. E para proporcionar experiências exclusivas, Vera conta que a equipe está em constante treinamento e em ativações de feiras. A exemplo, entre os dias 7 e 10 de novembro, eles vão participar da Festuris, maior feira de negócios turísticos das américas.
Para ela, o networking e a troca de informações nestes eventos são essenciais para acompanhar o movimento do mercado, apoiados por sua vasta experiência de mais de três décadas, que lhe confere uma visão diferenciada sobre destinos e negócios. Vera não enxerga as agências concorrentes como adversárias, mas sim como parceiros que buscam o melhor no setor, onde a colaboração e o compartilhamento de informações são fundamentais.
“Eu ensinei pessoas a abrirem agências de viagem. Acho que sempre tem espaço para todos, o que vai modificar o resultado de uma empresa para outra é a maneira como tu te comporta no mercado”, destaca.
O programa “O Meu Negócio” é transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Black Contabilidade, Marcauten, Dale Carnegie, Sunday Village Care e Pró-Aço.
Dica de leitura
A próxima onda: Inteligência artificial, poder e o maior dilema do século XXI
Mustafa Suleyman & Michael Bhaskar
Este livro é um alerta sobre os riscos que a inteligência artificial (IA) e outras tecnologias em rápido desenvolvimento representam para o mundo.
Em “A próxima onda”, os autores trazem uma reflexão sobre o que é possível fazer para evitar esses perigos enquanto ainda há tempo.
Nele, Mustafa Suleyman, cofundador da DeepMind, uma das principais empresas de IA, revela detalhes sobre as inteligências artificiais e o que elas representam para a próxima década, como criam força, mas também podem colocar em risco os Estados nacionais, ou seja, a base da ordem global.
Entrevista
Vera Riediger • diretora da Free Agência de Turismo
“Liderar não é uma tarefa fácil”
Wink – Vera, tu és Riediger, mas também é Heineck. Me conta um pouco das tuas origens?
Vera – Minha família é bem grande, a exemplo, meu pai tinha 11 irmãos. Eu sou Heineck de casa, mas depois eu casei e passei a ser Riediger. Me separei mas continuei com o sobrenome, porque foram momentos muito bons vividos.
Wink – Tu és irmã do Lucas e gosto de falar bem dele, sempre foi um homem de vendas. Esse despertar e essa questão de relacionamento, sempre foi um processo nato da família?
Vera – Um pouco é sim. Desde nova sempre quis vender alguma coisa, talvez pela necessidade que a gente sempre teve de correr atrás. Eu vendia bijuterias, depois vendia semi-joias. Na época, eu, minha irmã e cunhada, tínhamos uma empresa de jóias e semi jóias e coordenamos umas 40 vendedoras. Então comecei com isso, mas também trabalhei como estagiária na Caixa Federal, onde fiquei seis meses.
Wink – Essa experiência, a gente percebe que tu fala com satisfação. Tu acredita que esse modelo, hoje, é diferente?
Vera – A nossa geração passou por dificuldades. Pelo menos, em casa, todos tiveram que se virar muito cedo, trabalhar para estudar à noite. Eu trabalhava de dia para pagar minha faculdade. Eu estudei na Univates, fiz letras, ia ser professora. Inclusive, acabei trabalhando na Univates um período, antes do Ney ser reitor. Fui estagiária do crédito educativo.
Wink – Hoje teu trabalho no turismo é presença direto com as pessoas. Como é liderar no teu negócio e qual o papel mais importante na sua opinião?
Vera – Primeiramente é o exemplo que a gente dá. O meu exemplo de como atender um cliente já ajuda muito, mas liderar não é fácil. As pessoas são muito diferentes umas das outras e eu não posso querer que a pessoa que está ao meu lado esteja totalmente em sintonia comigo. Isso nunca vai acontecer. Liderar não é uma tarefa fácil. É importante ter paciência, ter autoconhecimento, se colocar no lugar do outro, ter empatia… são muitas coisas que envolvem você ser um líder.