Auditoria aponta responsáveis e inicia nova fase de investigações internas

CRISE NA LANGUIRU

Auditoria aponta responsáveis e inicia nova fase de investigações internas

Próximo passo da comissão liquidante é entregar o relatório final ao Ministério Público

Auditoria aponta responsáveis e inicia nova fase de investigações internas
Foto: Jhon Tedeschi / arquivo
Teutônia

A Dickel e Maffi Auditoria e Consultoria entregou na quinta-feira, 31, o relatório final da auditoria independente referente à crise financeira que afetou a Cooperativa Languiru. O documento detalha dados apurados nos últimos cinco anos e revela nomes de associados e gestores envolvidos em possíveis irregularidades que se desenvolvem para o colapso da cooperativa.

O presidente liquidante, Paulo Birck aponta que o documento de 73 páginas será tratado com extrema cautela. Ele ressalta a responsabilidade de analisar de forma detalhada as informações antes de qualquer divulgação. “Seria imprudente divulgar esse relatório sem fazer nossa própria investigação”, explica.

Birck enfatiza a importância de conduzir uma análise justa para evitar acusações equivocadas. Aponta que, antes de qualquer ação, será necessário examinar documentos antigos, reunir ex-gerentes, contadores e até mesmo empresas que certificam informações financeiras da Languiru. “Precisamos entender em profundidade o que aconteceu e quais falhas ocorreram para corrigirmos e responsabilizarmos os envolvidos, se necessário”, afirma

Transparência

Paulo Birck, presidente liquidante (Foto: arquivo / A Hora)

Para garantir transparência e rigor jurídico, Birck informa que uma cópia do relatório será encaminhada ao Ministério Público nessa semana. “O Ministério Público precisa saber dos nomes, e vamos pedir uma análise deles. Assim, caso haja supostos de má-fé, aqueles que precisam serão responsabilizados, mas com cautela e justiça”, afirma Birck. Ele enfatiza que o objetivo de dar encaminhamento ao processo é para esclarecer as causas da crise. “Não iremos fazer uma caça às bruxas”, explica.

O presidente pretende gerenciar o acesso dos associados às informações contidas no relatório. Segundo ele, será necessário estabelecer um sistema para consultas individuais, de modo a evitar o vazamento irresponsável de nomes e informações sensíveis. “Sabemos que muitos associados querem saber se seus nomes estão indicados, mas é inviável disponibilizar o relatório a todos sem uma estrutura. Vamos criar grupos organizados para consulta, com a garantia de que cada associado possa se informar sem comprometer o andamento das investigações”, explica.

Próximos passos

A Languiru se compromete a levar os resultados dessas investigações à assembleia de associados. Conforme o regimento interno da cooperativa, isso vai permitir que os membros tenham clareza sobre as medidas adotadas e os ajustes necessários. “Nosso intuito é garantir uma comunicação responsável e, se comprovada alguma irregularidade ou má-fé, esses nomes serão apresentados de forma criteriosa, com as justificativas e provas que embasem a necessidade de responsabilização. Não estamos buscando prejuízos a qualquer custo, mas sim uma reestruturação séria que permita à Languiru retomar sua sustentabilidade com segurança”, reforça Birck.

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