Em um gesto de solidariedade e mobilização, voluntários e empresários catarinenses da empresa de construção civil Bolfe, uniram forças e construíram uma nova residência para uma família de Encantado, que perdeu a casa nas cheias. Residente de Linha Azevedo, a família de Haroldo Orlandini, que é cadeirante, em breve será acomodada em uma casa de madeira com estrutura adaptada e acessível para suas necessidades.
Segundo Cleber Alba, um dos empresários da Bolfe, a iniciativa começou após se sensibilizarem com as histórias das vítimas das enchentes. “Levamos a ideia para os parceiros e colaboradores, e com o apoio de conhecidos, fomos atrás de uma família que realmente tivesse perdido tudo e precisava de ajuda”, disse Alba.
A casa, com área de 63 metros quadrados, foi projetada e pré-montada em São Miguel do Oeste, onde a Bolfe conta com uma equipe voluntária dedicada. Essa estratégia permitiu que a montagem no local fosse concluída em dois dias. “A previsão é de que em alguns dias a família possa ocupar a residência, considerando ajustes como ligações de energia e esgoto”, acrescentou Alba.
A estrutura da casa foi adaptada para atender às necessidades especiais de Orlandini, com acessibilidade total, incluindo banheiros adaptados e nivelamento do piso para permitir a movimentação segura com cadeira de rodas. Parceiros locais também contribuíram com doações de mobília, tornando o novo lar mais acolhedor e pronto para uso.
Estrutura veio pré- montada e levou dois dias para ser finalizada (foto: divulgação)
Iniciativa exemplar
A família Orlandini teve sua história marcada por um deslizamento de terras que destruiu sua residência. Haroldo Orlandini e sua esposa foram gravemente afetados pelo desastre. Presente durante a chegada dos materiais para a construção, o prefeito Jonas Calvi ressaltou que mesmo com Encantado tendo seu plano habitacional e fazer parte dos projetos dos governos estaduais e federal, ações como essa merecem ser exaltadas pela iniciativa e resultado.
“Com os deslizamentos foi preciso realizar uma terraplanagem para conseguirmos auxiliar a família que perdeu tudo, principalmente na parte básica do alicerce. Foi um grupo de empresários e voluntários de Santa Catarina e isso demonstra o quanto que a nossa comunidade, a nossa região, também foi abraçada por outros municípios e por outros estados. É um momento importante para que a gente possa passar e lembrar todas as dificuldades que nós tivemos”, salientou Calvi.
