Com cerca de 100 pessoas trabalhando na organização do evento, a festa em honra ao padroeiro São João Batista e a Madre Assunta Marchetti lotou o Salão Paroquial do município e contou com 500 almoços servidos. A programação iniciou pela manhã com uma missa festiva na igreja matriz com a presença das comunidades do interior e as zeladoras das capelinhas. Durante a tarde, a festividade contou com a apresentação da orquestra municipal e da banda Werner e Cia.
Segundo o padre Silmar Antônio Possa, essa comemoração em homenagem as duas figuras é importante por manter vivo os ideais que eles representam. “Assunta passou por aqui no início do século 19 e veio justamente para acompanhar os imigrantes italianos e trazer essa assistência religiosa e presença junto as famílias. Ela foi essencial no cuidado com as pessoas, na educação e saúde também. É muito significativo poder ressaltar a memória dessa figura”, disse o padre.
Para a religiosa das irmãs missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, Ana Conceição Sales, o momento é ainda mais
importante dado ao reconhecimento atribuído a madre pela igreja católica. “É alguém que viveu, sobretudo, essas virtudes
por amor a Cristo, por amor ao evangelho. Não foi apenas uma filantropia, um ato de altruísmo, mas baseado na fé, saiu da sua
terra e veio a Nova Bréscia também servir aqui os imigrantes. Então é bom, também junto com as irmãs, que tem uma história
nessa comunidade, recordar e celebrar as pessoas que aqui fizeram e fazem história”, salientou a freira.
História
Maria Assunta Caterina Marchetti (1871–1948) foi uma missionária italiana, cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, uma ordem religiosa dedicada ao cuidado dos migrantes. Em 1895, ao lado de seu irmão, o Padre José Marchetti, e de um grupo de irmãs, Maria Assunta partiu para o Brasil. Em São Paulo, se dedicou a atender as necessidades espirituais e materiais de imigrantes italianos, especialmente órfãos e crianças abandonadas. Ela administrou o Orfanato Cristóvão Colombo, que seu irmão fundou, e continuou esse trabalho após a morte prematura dele, em 1896. Em reconhecimento a sua santidade e exemplo de vida, Maria Assunta Marchetti foi beatificada pela Igreja Católica em 2014.