O Colégio Martin Luther promoveu nessa quinta-feira, 24, a segunda edição da Simulação da Assembleia Geral da ONU, uma iniciativa que integra a Semana do Futuro do Ensino Médio. A ação reúne alunos do primeiro, segundo e terceiro anos, com o objetivo de estimular a reflexão sobre questões geopolíticas e promover a capacidade de articulação de propostas em um cenário global.
Bruno Cavalheiro, coordenador do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, explica o propósito da atividade. Segundo ele, a simulação tem como foco desenvolver o senso crítico dos estudantes e colocar eles em posição de protagonistas nas discussões de questões internacionais. Neste ano, os temas escolhidos foram os conflitos entre Israel e Palestina, incluindo o Hamas, bem como da guerra entre Rússia e Ucrânia.
“A simulação coloca os estudantes em um ambiente onde precisam se posicionar de forma coerente sobre temas complexos e defender as ideias com base em pesquisa e argumentação. Isso está em linha com a filosofia do colégio, que valoriza o protagonismo estudantil”, afirma Cavalheiro. Ele destaca que o evento é uma oportunidade para que os jovens pratiquem a liderança.
A preparação dos alunos faz parte da grade curricular de Geografia, nas turmas de primeiro e segundo anos do Ensino Médio. Além disso, o terceiro ano teve acesso a um curso de dicção e oratória, que culmina com a participação na simulação.
Preparação ao futuro
Raissa Zahn, aluna do terceiro ano, participa pela segunda vez da simulação. Ela relata que, apesar do curto prazo de preparação, o trabalho foi intenso e produtivo. Explica que a participação anterior ajudou a orientar os novos alunos, garantindo que o grupo estivesse pronto para os debates. “Tivemos apenas uma semana para nos preparar, mas nos dedicamos muito. A simulação nos dá a chance de expor nossas ideias e nos posicionarmos sobre temas importantes”, afirma.
Fernanda Juchen, ressalta a importância da simulação para o desenvolvimento de habilidades que poderão ser utilizadas no futuro acadêmico e profissional. “A experiência nos prepara para ter uma visão crítica sobre o mundo e a necessidade de saber nos posicionar. Participar de uma atividade como essa pode influenciar nossa escolha de carreira”, comenta.
Entenda
O primeiro momento da simulação foi dedicado à apresentação das propostas dos países representados pelos alunos. Nesse estágio, os estudantes expuseram as ideias com base nas pesquisas feitas ao longo das semanas anteriores. A partir dessa fase, os debates começaram a se intensificar, com os alunos confrontando as propostas uns dos outros.
O evento foi desenvolvido ao longo de dois meses, com a participação direta dos professores de Geografia e o apoio de outras disciplinas. O colégio planeja expandir a participação dos alunos nos próximos anos, com novos temas, além de aprimorar o processo de preparação.
Cavalheiro explica que, a partir de 2025, tanto os alunos do primeiro quanto do segundo ano participarão da simulação como parte integrante do currículo, o que vai ampliar o alcance da iniciativa.