Em uma votação simbólica, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto de lei que visa proibir o uso de aparelhos eletrônicos, incluindo celulares, nas escolas públicas e privadas do país. A proposta, que agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), argumenta que a restrição dos dispositivos poderia melhorar a concentração e o rendimento dos alunos.
Na modesta opinião deste escriba, isso é tapar o sol com a peneira. Proibir celulares em sala de aula é uma medida simplista para um problema complexo. Não se trata de ser contra ou a favor da tecnologia, mas de entender como ela pode ser aliada na educação. Em escolas de ponta, o uso do celular já é regulado de acordo com cada situação. Professores e gestores aplicam um regramento interno onde o dispositivo é permitido como ferramenta de aprendizado, mas apenas quando isso agrega ao conteúdo.
Proibir de maneira indiscriminada é esquecer que o contexto importa: um professor pode orientar os alunos a usarem o celular para pesquisas e análises complementares naquele momento específico. Como também pode mandar para a biblioteca buscar nos livros.
Em vez de proibição total, o equilíbrio pode ser mais eficaz, considerando a realidade de cada escola e de cada turma. Afinal, a tecnologia, quando bem gerida, pode ser uma aliada, mas seu uso indiscriminado interfere, sim, no desenvolvimento cognitivo e na concentração dos estudantes, além de comprometer habilidades como a escrita manual e a motricidade fina, fundamentais para o desenvolvimento do cérebro jovem.
Em sintonia
As rodovias lotadas, bloqueios, demora no deslocamento. A circulação, tanto entre a população do Vale quanto de moradores de outras localidades e que precisam passar por aqui, testa a paciência de todo mundo.
Em meio a tantas dificuldades, temos diferentes organizações em sintonia. Quando olhamos desenvolvimento regional, as visões de mundo distintas em cada representação municipal, talvez tenhamos uma verdadeira coesão.
A prova está nas demandas para a infraestrutura rodoviária. A reunião dessa terça-feira com a alta cúpula do Executivo Gaúcho é um exemplo do que estou falando. Por mais que haja diferenças de onde é preciso um anel viário, ou nova ponte, o pensamento geral é: o momento de agir é agora.
De Brasília para “Mars”
O deputado federal Reginaldo Veras (PV-DF) é fã do Bruno Mars. Bom, talvez minha afirmação seja demais, mas é assim que interpreto o projeto de lei que ele protocolou. O parlamentar quer conceder ao cantor norte-americano nascido no Havaí, o título de cidadão honorário do Brasil.
Esse é um momento relevante para debatermos a concessão de honrarias no país. De fato, Bruno Mars tem demonstrado grande simpatia pela cultura e pela música brasileiras, atitude que agrada ao público e promove um intercâmbio cultural positivo.
Agora, qual o real propósito dessa honraria? O que esse símbolo representa? Em um contexto onde figuras estrangeiras recebem o título de cidadão honorário, é fundamental que haja um claro critério de modo a garantir que elas sejam vistas não apenas como um reconhecimento efusivo, mas como um gesto que simboliza laços profundos e contínuos com a nossa nação.