O Governo Estadual dará início a uma consulta pública, a partir de novembro para debater o plano de concessão do Bloco 2, que abrange o Vale do Taquari e o norte do estado. O Secretário da Reconstrução, Pedro Capeluppi, afirmou que a pesquisa terá duração de 30 dias e incluirá audiências para contribuir na discussão.
Após a consulta, o Estado pretende concluir o processo de análise e regulamentação em até 90 dias, com o objetivo de iniciar o processo de licitação até o final do primeiro trimestre de 2025.
Durante uma reunião com líderes regionais, o secretário enfatizou a importância do trecho, considerado vital para a economia local e estadual. “Investimento em estradas no Vale será superior a R$ 6 bilhões, refletindo nosso compromisso com a infraestrutura e as demandas da comunidade”, ressaltou.
Um dos pontos centrais da discussão também foi a reestruturação do modelo Free Flow, que prevê a implementação de trechos menores, permitindo que a população pague tarifas mais proporcionais e justas. A colocação de pórticos também será analisada como parte dessa abordagem.
Recuperação de pontes e estradas
Capeluppi também informou que o projeto de uma ponte elevada sobre a BR-386, no trecho urbano entre Lajeado e Estrela, já foi encaminhado ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) para análise das condições técnicas, a pedido do vice-governador Gabriel Souza.
Responsável pela Secretaria da Reconstrução, Capeluppi garantiu que haverá recursos disponíveis para a recuperação de pontes e estradas. “Até 2027, com a postergação da dívida, podemos alcançar um montante de R$ 14 bilhões, destinado exclusivamente a projetos que visem mitigar os prejuízos socioeconômicos causados pela catástrofe climática”, destacou.
O secretário acrescentou que o governo tem trabalhado ativamente na recuperação das estradas da região e busca viabilizar soluções eficazes. Ele concluiu afirmando que até o final do ano, a obra de reconstrução do trecho entre Encantado e Roca Sales deverá ser finalizada. “Nossa intenção é construir rodovias que suportem eventos extremos, que podem se tornar frequentes”, finaliza.