Após mais de 40 anos de intensa relação com a Universidade do Vale do Taquari (Univates), o economista e professor Ney Lazzari se prepara para encerrar o ciclo de participações na instituição, marcada por uma trajetória que começou como aluno em 1978. Em 1982, no último ano do curso de economia, um professor o incentivou a buscar mestrado, o que se tornaria um marco em sua carreira acadêmica.
Com dificuldades financeiras, Lazzari recebeu a oportunidade de dar uma noite de aula na Univates, o que possibilitou sua formação e a manutenção de seus estudos na UFRGS. Em 1983, começou a lecionar e, em 1986, foi efetivado em um cargo de 40 horas semanais, tornando-se parte fundamental da equipe da instituição.
Ao longo da carreira, Lazzari também se envolveu com diversas causas comunitárias, destacando seu papel na diretoria do Hospital Bruno Born e na Fundef, além de suas atividades com o Pro_Move Lajeado. Sua convivência com colegas na Univates, que se reuniam após as aulas para conversas informais, gerou diversas iniciativas e reflexões importantes.
Com a aproximação do fim do seu mandato como presidente da fundação da universidade, Lazzari planeja dedicar-se a uma nova função não remunerada, representando a Univates em projetos comunitários. “Vou me dedicar às causas comunitários, sempre gostei dessa atuação”.
Ele revela que pretende passar uma temporada na Itália a pedido da família e, após retorno, seguir contribuindo com a Fundef e a universidade. “Vou continuar onde é possível representando a instituição”. Lazzari enfatiza a importância de vincular projetos de pesquisa da Fundef com centros de referência, mantendo o legado de inovação que caracterizou sua trajetória na universidade.
A transição na liderança da Univates está em andamento, com eleições marcadas para o dia 5 de novembro, onde alunos, professores, funcionários e comunidade participarão na escolha da nova gestão.
Sobre o Castelinho
Outro ponto relevante em sua gestão é a situação do Castelinho, que passou a ocupar espaço no Univates para abrigar 950 alunos após enchentes que afetaram a região. “A negociação para a recuperação da estrutura enfrenta desafios burocráticos, mas o governador recentemente confirmou a intenção de restaurar o Castelinho. As licitações para as obras já foram realizadas, e aguardamos a comunicação oficial do governo sobre o cronograma de recuperação. A nossa expectativa é de que até metade do próximo ano o espaço ocupado seja devolvido à instituição.”
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