Qual a trajetória do grupo de danças folclóricas alemãs de Mato Leitão?
O grupo surgiu há 30 anos. Iniciou suas atividades sob coordenação do professor Andréas Hamester e sempre com o apoio do Núcleo de Cultura do município de Mato Leitão. Sempre foi composto por casais locais. Atualmente, conta com 14 duplas participantes, pessoas que se identificam de alguma forma com a cultura Alemã ou são descendentes. São pessoas entre 25 e 70 anos.
Como surgiu a oportunidade do grupo viajar para a Europa?
Durante muitos anos, vimos outros grupos indo se apresentar na Europa, sendo assim, nos organizamos. Foi aí que entrou a experiência do nosso professor Andréas que nos abriu caminhos possíveis para esse momento. No grupo também haviam interessados e incentivadores que com muita insistência convenceram que seria possível essa nossa viagem. No meio do caminho, a nossa maior incentivadora Rosa Sieben Henkes ficou doente e não conseguiu vencer a doença, vindo a falecer, mesmo assim, o grupo seguiu firme. Começamos um caixa em 2018 e foi interrompido pela pandemia, mas depois foi retomado com uma contribuição mensal, sendo esse valor suficiente para a viagem, deslocamento, hospedagem e outros gastos.
Como foi a experiência de conhecer diferentes cidades da Europa vai enriquecer a prática folclórica do grupo?
Foi uma experiência incrível. Alguns não puderam participar por terem filhos pequenos. Num domingo, participamos de um encontro em Mayrhofen onde cultivam muito a tradição das sociedades organizadas e apresentam as culturas em si. Ficamos sabendo dessa festa e direcionamos nossa viagem para que chegássemos na cidade nesse fim de semana. Presenciamos o desfile das sociedades com suas bandas, uma missa em alemão e um dos grandes marcos foi uma mega banda formada entre todas as sociedades com mais de 300 pessoas tocando ao ar livre. Vimos que realmente usam os trajes típicos, que são impecáveis, de uma forma muito respeitosa, organizada e cultivam muito isso.
Além de viajar para a Europa, quais experiências mais memoráveis o grupo carrega na bagagem?
Já viajamos para muitos outros lugares, inclusive a Argentina. Fomos para o Paraná, Santa Catarina e em muitos outros lugares no Rio Grande do Sul. O grupo, sempre que possível, organiza uma viagem por ano, onde a gente vai conhecer algum lugar diferente, levamos a família e, filhos quando possível.