O prefeito reeleito em Marques de Souza, Fábio Mertz diz estar determinado no enfrentamento aos desafios impostos pela pandemia, estiagem e recentes catástrofes naturais, que impactaram de forma severa a cidade e região. Com 85% da receita municipal proveniente do agronegócio, o gestor reconhece a necessidade de preparar a comunidade para eventos adversos e de buscar novas oportunidades de investimento.
“Este foi um dos governos mais desafiadores que os municípios já enfrentaram”. Ele espera que os próximos quatro anos sejam menos impactados por esses eventos, mas ressalta a importância de estar preparado para mitigar os efeitos.
Apesar das dificuldades, a administração conseguiu praticamente dobrar a receita municipal, alcançando mais de R$ 50 milhões em arrecadação neste ano. “Em 2021, o orçamento projetado era de R$ 20,8 milhões, chegamos a R$ 25 milhões, e agora estamos finalizando com um resultado superior a R$ 50 milhões. Isso se deve ao incentivo à produção em diversas frentes, como agro, indústrias e comércio”, explica.
O prefeito destaca a importância da transparência na gestão financeira, afirmando que a projeção de orçamento nem sempre reflete a receita final. “A projeção para o próximo ano é de R$ 37 milhões. Este ano, projetamos R$ 33 milhões, mas a receita final será superior a R$ 50 milhões”, acrescenta.
Duplicação da BR-386
Mertz também menciona a necessidade de melhorias na infraestrutura, especialmente em relação à duplicação da BR-386, que ele considera um divisor de águas para o município. No entanto, ele lamenta que questões importantes, como os acessos às comunidades e o trevo de entrada da cidade, não tenham sido adequadamente contempladas. “Tivemos 30 reuniões com a ANTT e CCR ao longo dos quatro anos, mas muitas questões ainda precisam de atenção”, enfatiza.
Em termos de saúde e educação, está investindo R$ 3,3 milhões na construção de um novo posto de saúde. Ainda, investimentos na criação de um núcleo educacional, com o objetivo de retirar as escolas de áreas suscetíveis a inundações. Mertz ressalta a importância de uma gestão que priorize o bem-estar da população.
Mobilidade urbana
Além disso, a construção de uma ponte baixa, que será financiada pela iniciativa privada, está em processo de aprovação pela Fepan. A nova estrutura é fundamental para escoar a produção local. “Precisamos desapropriar áreas e criar acessos para a nova estrada que dará suporte à ponte”.
Quanto à ponte alta, que conecta os municípios, um projeto já foi cadastrado e está em fase de complementações. Mertz planeja uma viagem a Brasília para tratar do assunto com a Defesa Civil. “Estamos ansiosos para que tudo seja restabelecido e que os processos avancem. Essa ponte, que terá 160 metros, enfrentará desafios significativos devido à profundidade da laje, que está 16 metros abaixo do nível da água”, conclui.
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