Depois de cada eleição é preciso saber lidar com vitórias e aprendizagens. Não existem derrotados porque todos trabalharam muito, ofereceram seus nomes, ideias e projetos, pensando em melhorar os municípios onde estão inseridos. Pelo menos esse é o propósito. Sabemos que na prática nem todos têm condições para esse preparo, pois muitos candidatos mal sabem desenhar seu nome nesse Brasil afora. Estão de parabéns os ungidos ao cargo pelo voto que sabem que, depois de eleitos, irão governar para todos, inclusive para aqueles que não foram seus eleitores. Mas neste quesito, sabemos que na prática, infelizmente muitos também não possuem essa qualidade de entendimento de gestão pública e democracia.
O principal recado dado nas urnas de todo o país foi a expressiva votação na direita e o encolhimento da esquerda. Saíram vitoriosos o Centrão e partidos de direita. Focando em siglas partidárias, o PL e o Republicanos foram as agremiações que mais cresceram, sendo que o PL cresceu 49%, alcançando somente no primeiro turno 518 prefeituras, e disputando em mais 24 cidades onde teremos segundo turno.. Para corroborar a informação da diminuição da esquerda, o PT está na disputa de apenas 12 cidades no segundo turno, e conseguiu até o momento 253 prefeituras. O maior número de prefeituras será administrada pelo PSD, partido de Kassab, que ultrapassou o MDB e o PP, porém as três siglas são os maiores detentores de Executivos Municipais, o que reverberará na eleição de 2026. Claro que esses, são partidos sempre alinhados ao poder, independente de qual vertente. Vimos isso com o apoio de Rodrigo Pacheco (PSD) ao Moraes do STF, que mesmo com um grande número de ações em desacordo com a Carta Magna, continua sendo protegido pelo Presidente do Senado. Leonel de Moura Brizola diria: São sempre os “interésses” em jogo.
No jogo político brasileiro temos uma força que sempre orbita em torno do poder central, que é o Centrão. Quero acreditar que pautas que flertam com o socialismo exacerbado não tenham sucesso nesse meio. Com o avanço da direita, a exemplo da Argentina, Paraguai e Uruguai, nossos vizinhos, e aguardando o resultado dos EUA neste ano, no Brasil temos um cenário favorável para um governo de centro-direita em 2026. Em nações onde a democracia está bem alicerçada, a alternação de partidos no governo é salutar. Já no Brasil estamos na fase (com retrocesso), do processo para um Estado democrático conforme reza a Constituição.