Na última semana, representantes do Vale do Taquari estiveram reunidos com a Superintendência Regional do Dnit no RS, liderada por Hiratan Pinheiro, para discutir desafios logísticos enfrentados. As obras em andamento na ponte sobre o Rio Taquari e no Arroio Boa Vista têm causado congestionamentos quilométricos, afetando a movimentação de cargas e a produção regional.
O Vale do Taquari desempenha um papel essencial na economia do estado, sendo uma importante rota de transporte de mercadorias. Durante a reunião, enfatizou-se a necessidade de melhorar a infraestrutura local para garantir a eficiência das conexões viárias. A ponte em questão está sob concessão da ANTT, enquanto o Dnit gerencia as rodovias federais que não foram cedidas ou estadualizadas.
O superintendente destaca que a possibilidade de um anel viário na região poderá ser viabilizada pelo Dnit, desde que haja um direcionamento claro do governo federal. A BR-386, uma vital travessia urbana, foi citada como parte integrante desse planejamento. “A construção de novas pontes também está em discussão, com a coleta de dados sobre o fluxo de tráfego e a interligação entre as cidades sendo fundamental para a elaboração de um estudo técnico, econômico e ambiental.”
Conforme Pinheiro, o desenvolvimento do anel viário será fundamentado em um estudo de viabilidade, que definirá o traçado orientativo necessário. “A qualidade dos dados fornecidos pela região facilitará a elaboração desse estudo. Assim, a primeira fase do projeto envolverá colaboração direta com o Ministério dos Transportes para a apresentação de informações detalhadas que respaldem a necessidade do anel viário”.
Em relação à nova ponte na BR-386, “o estudo do traçado será determinante para definir seu nível de utilização e características. A diferenciação entre uma ponte rodoviária e uma ponte urbana deverá ser considerada, com a participação dos municípios na coleta de dados sendo essencial para o sucesso do projeto.”
O superintendente enfatiza que a construção do anel viário requer um planejamento de longo prazo e pode ser inclusa nos orçamentos futuros, respeitando a fase dos projetos. Por outro lado, a travessia da ponte exigirá atenção imediata, especialmente em áreas afetadas por eventos climáticos, com a possibilidade de financiamento através de fundos destinados à reconstrução de obras resilientes. “O diálogo entre os governos federal e estadual será fundamental para a inclusão da nova ponte no contexto da reconstrução das infraestruturas e para o desenvolvimento sustentável do Vale do Taquari.”
Acompanhe a entrevista na íntegra