O Grêmio anunciou nesta terça-feira, 22, a aquisição de um terço da dívida de financiamento da Arena Porto-Alegrense, empresa responsável pela gestão do estádio gremista. O movimento, segundo o clube, visa fortalecer poder de negociação e buscar soluções para a administração da Arena.
Em comunicado oficial, o Grêmio classificou a operação como “um passo relevante em defesa dos interesses do clube na gestão da Arena”. Os valores envolvidos na transação não foram divulgados, devido a uma cláusula de confidencialidade estabelecida no contrato.
O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, comentou o impacto da medida: “Vamos colher em campo o resultado desse movimento jurídico e financeiro que realizamos.”
Eduardo Magrisso, vice-presidente do clube, reforçou a importância estratégica da aquisição. “Trata-se de uma parte relevante da dívida da gestora da Arena e, agora sob controle do clube, amplia o poder do Grêmio nas negociações sobre a operação da Arena”, afirmou.
A Arena do Grêmio, inaugurada em dezembro de 2012, é administrada pela Arena Porto-Alegrense, empresa criada pela construtora OAS, responsável pela construção do estádio.
Veja a nota do Grêmio:
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense acaba de dar um passo relevante em defesa dos interesses do clube na gestão da Arena, ao adquirir um terço da dívida de financiamento que a gestora do estádio havia contraído com bancos. Essa operação, resultado de uma negociação com o Banrisul, evita que a fatia da dívida caia no controle de investidores não comprometidos com o Grêmio e fortalece o clube na busca de soluções a questões de gestão que se acumulam desde a inauguração do estádio, há quase 12 anos, e que limitam o investimento em futebol e afetam o dia a dia do clube.
O departamento jurídico do Grêmio, que por meses se dedicou a essa negociação de forma reservada, observa que a compra de uma dívida, embora seja uma operação complexa, é comum no mercado quando se trata de um devedor inadimplente. O vice-presidente Eduardo Magrisso acrescenta que, por uma cláusula de confidencialidade no contrato, não pode revelar o valor que o clube desembolsou, nem percentual de deságio (desconto), para se tornar credor.