Ação conjunta

Opinião

Rogério Wink

Rogério Wink

Ação conjunta

Os novos prefeitos e vereadores que em janeiro assumem suas responsabilidades no Vale do Taquari, uma região que, apesar de sua tradicional prosperidade e população diferenciada, está enfrentando dificuldades. As catástrofes naturais trouxeram desafios urgentes, exigindo obras de reconstrução física, redefinição da gestão pública e da articulação entre municípios.

A reconstrução da região vai muito além do esforço individual de cada cidade. Obras estruturantes bilionárias, são essenciais para garantir que tragédias semelhantes não se repitam. No entanto, esses projetos exigem recursos externos — estaduais, federais ou até internacionais —, e isso demanda gestores com uma capacidade diferenciada de articulação e projetos ousados.

O papel dos prefeitos e vereadores vai além do gerenciamento dos desafios locais. Cada cidade, isoladamente, não terá condições de enfrentar sozinha o tamanho da tarefa. Será necessária uma ação regional, onde a cooperação entre os municípios seja prioridade. Os novos líderes devem saber criar pontes, formar parcerias e alinhar interesses comuns, tanto dentro do Vale quanto com governos e instituições fora da região.O desafio de atrair recursos, estabelecer planos de reconstrução e garantir sua execução dependerá diretamente da capacidade de mobilização e articulação dessas lideranças.

A população é um dos grandes ativos da região. Os empreendedores do Vale, que já se destacavam, agora precisam de apoio para retomar suas atividades e restaurar a vitalidade econômica. Nesse contexto, cabe às lideranças políticas fomentar um ambiente de crescimento. Isso passa por políticas públicas de estímulo ao empreendedorismo e, principalmente, a construção de um cenário estável que transmita confiança para investimentos.

Outro ponto fundamental para a reconstrução do Vale do Taquari é a capacidade de planejar e executar de forma ousada. Os prefeitos e vereadores não podem se limitar ao que é tradicionalmente feito. As soluções exigem inovação, uma postura de liderança que esteja disposta a enfrentar riscos e tomar decisões assertivas. Isso significa pensar em longo prazo, levando em conta as transformações climáticas, o crescimento populacional e o desenvolvimento sustentável.

É também papel dessas lideranças promover um novo ciclo envolvendo a sociedade civil nas discussões e decisões. A reconexão entre o poder público e os cidadãos será crucial para enfrentar os obstáculos com propósito comum. A gestão que valorize as opiniões das diferentes partes da comunidade, contribuirá para soluções mais inclusivas e eficazes. É necessária ação conjunta.

O Vale do Taquari tem uma oportunidade única de se reinventar após a tragédia. Contudo, isso dependerá também de prefeitos e vereadores com visão ampla, que enxerguem além dos limites de seus municípios. Que os novos gestores estejam à altura dessa missão.

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