Com uma vantagem de quase 1,6 mil votos em relação aos quatro oponentes, Carine Schwingel (União Brasil) foi eleita a primeira prefeita da história de Estrela ao somar 35,87% nas urnas. A vitória também ocorreu na maioria dos bairros, tanto na área urbana quanto no interior. Enquanto Elmar Schneider (MDB) e João Braun (PP) somaram seis localidades, Jair Wermann (Novo) e Renato Horn Bonitinho (PSB) registraram baixo desempenho.
De acordo com dados das seções, disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 19 bairros com urnas de votação em Estrela, Carine construiu a vitória em 13 localidades, seis na área urbana e sete no interior. As votações mais expressivasforam em Delfina, São Jacó, Glória, Oriental e Auxiliadora.
O melhor desempenho foi no distrito de Delfina, com alcance de 62,09% dos votos, reduto do vice-prefeito eleito Márcio Mallmann (Podemos). Das 525 pessoas que compareceram aos dois locais de votação, 326 depositaram o voto na prefeita eleita. Já na área urbana, das 13 urnas distribuídas no bairro Oriental, Carine somou a maioria de votos em 12, com 36,50% do total na localidade.
Disputa pelo segundo lugar
Com diferença de 95 votos, a disputa pelo segundo lugar no pleito municipal se mostrou mais equilibrada entre Schneider e Braun. Enquanto o emedebista venceu nas urnas distribuídas nas localidades do interior, Braun fez a maioria de votos no perímetro urbano do município. Cada candidato fez 27,32% e 26,81% do total de votos, respectivamente.
Schneider levou a melhor em Linha Wink, Santa Rita, São José e Linha Lenz, comunidades na área rural. Criado em Linha Wink, o candidato obteve 49,40% dos votos na localidade. A votação também foi expressiva na São José, reduto do candidato a vice-prefeito João Schäfer (PSD), com resultado de 37,15% nas urnas.
Já Braun, somou as maiores votações nos bairros Imigrantes e Pinheiros. Mesmo com uma votação mais concentrada nas áreas centrais, o candidato se manteve em segundo lugar por diversos momentos durante a apuração das urnas em Estrela. Nestes bairros, conquistou 31,07% e 37,76% do total de votos, de forma respectiva.
Baixo desempenho
Diante da baixa atuação nas urnas, Wermann e Bonitinho não venceram em nenhuma localidade. O melhor resultado do candidato do Novo ocorreu no Centro, onde somou 10,97% dos votos válidos. O desempenho também foi semelhante no Cristo Rei, Linha Geraldo Baixa e Costão, com média de Linha Lenz votos da casa dos 10%.
Já Bonitinho foi o candidato menos votado. O resultado mais expressivo ocorreu na Linha Lenz, onde obteve 4,36% dos votos válidos. A votação mais baixa ocorreu no bairro Oriental, localidade em que somou 0,67%, com 21 votos. Com expectativa de uma boa atuação no bairro Boa União, o candidato fez 77 votos, o que contabiliza 2,34% do total.
Abstenções em bairros atingindos pelas cheias
Apesar do alto número de abstenções, o índice caiu em relação ao pleito de 2020. O percentual de eleitores que optaram por não exercer o direito do voto chega a 20,15%. Ao todo, foram quase 5 mil faltantes. Em 2020, a proporção chegou a 20,70%. Os bairros com maiores índices de faltantes também são as localidades mais afetadas pelas cheias.
O percentual mais alto, por exemplo, está no bairro das Indústrias. Sete seções da Emef Leo Joas e Emei Estrelinha foram alteradas para a Emei Paulo Freire, que se tornou o maior local de votação da cidade. O índice de abstenções chega a 24%. Foram 610 faltantes, de 2.542 eleitores aptos.
O cenário foi semelhante nos bairros Oriental e Centro, também bastante afetados pelos eventos climáticos e com mudanças nos locais de votação. No bairro Oriental, o índice chegou a 23,70%, com 965 faltantes. Já na área central, o percentual registrado foi de 20,92%, com falta de 945 eleitores.