Setor produtivo da região sugere assumir obra do Estado

RODOVIAS ESTADUAIS

Setor produtivo da região sugere assumir obra do Estado

Vice-governador, Gabriel Souza, e equipe da Secretaria de Infraestrutura e Transporte recebe líderes regionais. Reunião está marcada para a próxima semana. Entre as propostas, CIC-VT solicita que empresas do Vale podem assumir uma das três obras: asfaltamento da ERS-129, cabeceiras da ponte sobre o Forqueta e manutenção da ERS-332

Setor produtivo da região sugere assumir obra do Estado
Ponte da ERS-130 está em construção. Falta a definição sobre as cabeceiras. Representantes do Vale do Taquari querem assumir obra para agilizar término da passagem ainda neste ano. (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Os gargalos nas rodovias estaduais interferem na circulação das pessoas e nos custos de transportes para o setor produtivo. Tal situação gera reação e representantes do Vale do Taquari buscam alternativas.

Para tanto, marcaram uma reunião para o dia 23 de outubro, às 14h, com o vice-governador, Gabriel Souza e com os secretários dos Transportes, Juvir Costella, e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

Conforme o presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Angelo Fontana, há três assuntos centrais no encontro. O asfaltamento da ERS-129, entre Colinas e Roca Sales. Também a construção da ponte na ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio. Por fim, melhorias nas condições da pista, com manutenção do pavimento, na ERS-332, entre Encantado e Arvorezinha.

Entre as propostas, conta Fontana, é de empresas da região assumirem uma das obras. “Precisamos de agilidade. As empresas e a população do Vale têm sofrido com a falta de condições das estradas. Nos propormos em sermos parceiros do Estado, para encontrarmos soluções”, realça Fontana.

De acordo com ele, o setor privado poderia fazer a pavimentação de todo o trecho, de 6,5 quilômetros entre Colinas e Roca Sales, ou as cabeceiras na ponte sobre o Forqueta ou a reforma da ERS-332.

Como contrapartida, o grupo sugere o ressarcimento de parte do investimento a partir do pagamento de ICMS. “Temos de ver se há dispositivo legal que autorize esse tipo de convênio. Queremos conhecer quais são as exigências e os parâmetros para fazermos essas aplicações.”

“Do ruim fomos para o péssimo”

“Temos a pior malha rodoviária do Brasil. Com a inundação, do ruim fomos para o péssimo”, afirma o vice-presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale (CIC-VT), o presidente da cooperativa de transporte Valelog, Adelar Steffler.

Buracos, estradas mal sinalizadas, esburacadas e pistas simples. Tudo isso interfere no atendimento dos prazos de entrega, no custo do frete e da mecânica dos caminhões, realça. “Pegamos a ERS-130 como exemplo. Um volume enorme de produtos passa por essa estrada. Não há nenhum quilômetro duplicado e, para piorar, nem a ponte temos mais.”

De acordo com ele, a ligação comprometida entre Arroio do Meio e Lajeado e as incertezas quanto ao futuro dos investimentos na infraestrutura das rodovias estaduais elevam a pressão econômica sobre o setor produtivo regional.

Steffler afirma que a região corre o risco de perder o interesse de empresas de outras regiões e também de ver negócios hoje instalados deixarem o Vale. “Estamos com muitos problemas e bastante sérios. Hoje, para todos os lados há dificuldades. Nossa mobilidade está comprometida”, adverte.

Prioridades da região

Em documento entregue à Secretaria Estadual de Transportes, a CIC-VT enumera os trechos prioritários de rodovias do RS para melhorar a logística regional. Confira os cinco principais:

  • Ponte na rodovia ERS-130, entre Arroio do Meio e Lajeado;
  • Asfaltamento do acesso da ERS-129 – Colinas/Roca Sales;
  • Recuperação da ERS-332, de Encantado a Soledade (rota alternativa à BR-386);
  • Recuperação do trecho entre Muçum e Vespasiano Corrêa, na ERS-130;
  • Conexão entre a Serra e o Vale do Taquari via Ponte Santa Bárbara (em São Valentim do Sul e Santa Tereza, ERS-43).

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