Como surgiu o convite para ser diretora do IEE Monsenhor Scalabrini?
Em 2019 comecei a trabalhar no Instituto Estadual de Educação Monsenhor Scalabrini como supervisora na gestão. No final de 2021, houve a troca de gestão, que acontece a cada três anos nas escolas estaduais, e a equipe da época viu em mim o potencial para assumir a direção. Mesmo com um certo receio pelo tamanho do desafio, aceitei. Formamos uma chapa, composta por eu e três vice-diretoras, fomos eleitas com a maioria dos votos.
É seu último ano como diretora do Scalabrini. Você pensa em se candidatar novamente?
Sim, esta é a gestão 2022-2024, e, apesar de ser desafiador, o trabalho tem sido extremamente gratificante. Pretendo me candidatar novamente, se assim for considerado adequado pela comunidade escolar. Sinto que ainda temos muito a fazer e contribuir para o desenvolvimento da escola.
Como surgiu a ideia de abrir uma agência de turismo?
A ideia veio em 2020, a partir da crescente demanda de turistas que chegavam ao Vale do Taquari, primeiro com o Trem dos Vales e, em seguida, com o Cristo Protetor. Como já atuava como condutora de turismo de aventura no Trem dos Vales, vi uma oportunidade de formalizar a 100 Limite Turismo. Inicialmente, nosso foco era o receptivo e com o tempo fomos expandindo para outras áreas de turismo na região.
Como se encontra o turismo e a sua agência após essas catástrofes climáticas?
Como para todos, esse período tem sido um grande desafio de recomeço e adaptação. Desde 2022, efetivamente quem atua à frente da 100 Limite Turismo é a minha amiga e sócia, Sheila Garibotti. O turismo na região foi muito impactado pelas catástrofes climáticas, especialmente o Trem dos Vales, que atraía multidões. Hoje, enfrentamos uma realidade diferente, com dificuldades de logística e uma queda na demanda. Estamos focados em atuar também no turismo emissivo, enquanto esperamos que a infraestrutura melhore e que os turistas voltem à região.
Já pensou em deixar de lado seu empreendimento turístico e focar somente na educação?
Curiosamente, já pensei em fazer o contrário. Durante meu tempo como diretora, já cogitei focar mais no turismo ao final dessa gestão. Porém, após a segunda catástrofe climática em maio, precisei rever meus planos. Por enquanto, vou continuar focada na educação, mas acredito que turismo e educação têm muito a aprender um com o outro. As duas áreas se complementam, e sempre que eu puder, buscarei alavancar o potencial turístico da nossa região.