A câmara autorizou o governo de Lajeado a permutar áreas com a PAP Construtora e Pavimentadora. A troca possibilita um aumento do Jardim Botânico Municipal em 4,3 hectares. A empresa recebe um terreno no bairro Montanha, onde é provável que se instale a Cooperativa Certel, com um centro administrativo e de logística voltados a energia elétrica.
A matéria foi aprovada por unanimidade e rendeu elogios de vereadores. Deolí Gräff (PP) enfatizou a importância de o município manter áreas de preservação em meio a um cenário de crescimento. “Um fator ambiental extremamente importante. O Jardim Botânico terá mais de 30 hectares, quase o dobro do de Curitiba”, especifica. Não há valores financeiros envolvidos na negociação.
A expansão do Jardim Botânico será em direção ao bairro Montanha. Em contrapartida a área a ser repassada para a empresa fica na Avenida dos Ipês.
Renovação do contrato com a Corsan
Vereadores da bancada de oposição e do governo abordaram o impasse sobre a assinatura da renovação do contrato com a Corsan/Aegea. O Fórum das Entidades manifestou descontentamento após a reportagem publicada pelo Grupo A Hora sobre o avanço das tratativas do prefeito Marcelo Caumo com a companhia sem a participação dos líderes de associações no debate. “Eu só queria que fossem explicar para os moradores que chegam em casa final do dia e não tem água para tomar banho ou beber”, pontuou Sérgio Kniphoff (PT).
Gräff elogiou a cobrança do fórum das entidades e lembrou dos problemas nos 12 anos de contrato. “Foram feitos apenas 2% do tratamento de esgoto. Lajeado precisa do saneamento”, ponderou.
Heitor Hoppe (PP) citou a legislação nacional que prevê 99% da água potável e 90% do esgoto tratado nos municípios brasileiros até 2033. “Se eu fosse prefeito eu queria ouvir as entidades”, alertou.
Eder Spohr (MDB) recuperou reportagem publicada no Jornal A Hora e citou que a renovação de contrato havia sido prevista por ele mesmo sem a consulta às associações que representam a população. Fabiano Bergmann – Medonho (PP) defendeu a instalação de reservatórios de inox, para diminuir os impactos da falta de água nos bairros.
Cobrança por vagas em creches
Tema recorrente nas sessões do Legislativo, a fila de espera por vaga em creches públicas causou divergências. Carlos Eduardo Ranzi (MDB) citou que são 652 crianças que aguardam por espaço nas escolas municipais de educação infantil de Lajeado. “Sâo 652 mães que não sabem onde ficarão seus filhos para que elas coloquem um prato de comida na mesa. Lajeado projeta a construção de uma creche. Em Estrela, por exemplo, são três novas escolas”, argumentou.
O presidente Lorival Silveira (PP) rebateu com o discurso de que Lajeado teve a construção de três escolas na educação infantil e pediu a mesma preocupação da oposição com as escolas estaduais Castelinho e Fernandes Vieira, que não retomaram as aulas. “O partido é do governo estadual. Para fazer campanha os deputados estavam aqui pedindo voto. O vice-governador é do mesmo partido”, declarou.
Isidoro Fornari Neto (PP) convocou os demais vereadores a criar uma mobilização contra o fechamento das duas escolas e criticou o trabalho da secretaria estadual de Educação. “Não conhecem a história e a nossa realidade, queremos o Castelinho onde ele está”, disse.
Ainda foi aprovado o projeto criado por Ana da Apama (PP) que institui o Setembro Amarelo, para trabalhar a conscientização do cuidado para evitar o suicídio. O texto também avançou por unanimidade e agora depende do aval do prefeito para se tornar lei.
A próxima sessão ocorre na terça-feira, 22, a partir das 17h.
