Em recentes reflexões, Miguel Lucian aborda a crescente preocupação com o sedentarismo, que se tornou um problema de saúde pública no Brasil, afetando 47% da população. O profissional de educação física alerta que, se não forem tomadas medidas, essa realidade pode levar ao aumento de doenças não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas, resultando em consequências sérias para a saúde familiar.
O especialista aponta cinco fatores principais da evolução do mercado de trabalho que contribuem para o sedentarismo:
Automação: Tem impactado quase todas as profissões, reduzindo a necessidade de esforço físico.
Trabalho remoto: Com a popularização do trabalho em casa, as pessoas se movem menos e utilizam menos energia, pois não precisam se deslocar.
Longas jornadas de trabalho: Muitas pessoas passam até 12 horas ininterruptas em frente ao computador, muitas vezes com pouca movimentação.
Evolução dos transportes e conveniência: A facilidade de pedidos online e a possibilidade de trabalhar sem sair de casa fazem com que as pessoas se movimentem cada vez menos.
Aumento das profissões de esforço cognitivo: Hoje, a maioria das ocupações demanda esforço mental em vez de físico, resultando em menor gasto energético.
Lucian destaca que a combinação desses fatores leva a um ciclo vicioso. “As pessoas ingerem mais calorias e gastam menos energia, o que contribui para o aumento do peso corporal. Se você ama alguém, faça com que ela se movimente”, aconselha, enfatizando a importância da atividade física para a saúde e bem-estar.
Acompanhe a entrevista na íntegra