Visando à detecção precoce, as unidades de saúde de Taquari intensificaram neste mês de outubro, dedicado à conscientização, a oferta de exame clínico das mamas, encaminhamento para ecografias, além de testes rápidos e rodas de conversa com os usuários do sistema de saúde.
O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A doença pode ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento. Por isso, as unidades de saúde locais ofertam coleta de citopatológico (pré-câncer).
Para lembrar a população sobre o mês de conscientização, as UBSs e os ESFs estão decorados nas cores do mês dedicado ao diagnóstico precoce. No dia 25 de outubro, às 13h30min, haverá uma caminhada pela Rua 7 de Setembro, iniciando na Praça da MAtriz até a superquadra de compras.
“As campanhas buscam incentivar as pessoas a fazer os exames regularmente, pois, assim, a doença pode ser tratada com maior chance de cura”, destaca a enfermeira coordenadora da Atenção Primária, Andréia Oliveira.
SAIBA MAIS
É importante estar atento aos sinais e sintomas suspeitos do câncer de mama:
- Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
- Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
- Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo da vida.
A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.
A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. Também estão incluídas as pessoas, nessa faixa etária ampliada, que foram vítimas de violência sexual, devido ao risco aumentado de desfechos negativos relacionados ao HPV, e também as portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).