Última segunda feira os prefeitos eleitos devem ter se perguntado: e agora? Da mesma forma, os Vereadores eleitos, também atores e corresponsáveis de suma importância nos destinos do município.
Cada um de nós, por certo, tem expectativas e sugestões que respondam à pergunta que intitula este artigo. Me valendo da prerrogativa de ser o articulista, colocarei ideias a respeito, no mínimo para instigar e provocar a discussão. Não o faço aletoriamente, mas calcado na experiência de anos de assessoria nos serviços públicos, além da interação com suas estruturas – ali somado o serviço público federal -, por força da profissão.
Se eleito Prefeito, começaria pela reestruturação do funcionamento da Prefeitura, assemelhando-o à iniciativa privada. Planejamento, execução, controle e retroalimentação dos Processos, na busca da eficiência e da eficácia máximas. Nesta linha, com base em legislação própria a ser criada, formaria um comitê gestor público-privado municipal, com funções de assessoria e de controle, ao qual caberia, também, a escolha de um CEO (Chief Executive Officer) ou, Diretor Executivo, responsável pela direção geral operacional, para assegurar a continuidade de planos, projetos e ações, de um mandato para outro, mesmo que o sucessor seja de Partido de oposição. Tal estrutura funcional também asseguraria a perfeita interação entre as Secretarias (para as quais priorizaria escolher os titulares pela competência técnica, ao invés do atendimento de acertos políticos), tal qual as Diretorias de uma empresa.
Sobraria ao Prefeito mais tempo como ente político e Chefe do Executivo Municipal, com tudo o que a função implica, inclusive protagonismo regional e, em conjunto com seus pares, atuação estadual e nacional na defesa dos interesses municipais e regionais.
Paralelamente, praticaria uma governança com interação e mão dupla opinativa/auscultativa com as comunidades de toda a área municipal, não só priorizando “educação, saúde e segurança” (discurso muito comum), porque estas áreas, além de verba orçamentária compulsória, são obrigação mínima do governante. Necessário ter visão de futuro e, neste sentido, minimamente preocupar-se com logística, planos de contingenciamento, e políticas públicas e ações que levem a melhoria econômica e social constante, tendo no topo da lista de prioridades, a solução das questões pendentes das catástrofes meteorológicas recentes.
Sempre colocando como centro, as pessoas e, no horizonte, o cumprimento do Plano de Governo prometido em campanha. Quanto aos Vereadores recém-eleitos, de suma importância, penso que deveriam, neste meio tempo, até a posse, ter um preparo formal para o cargo.