Prefeitas eleitas defendem união de esforços por novas ligações

LAJEADO/ESTRELA

Prefeitas eleitas defendem união de esforços por novas ligações

Alternativas à ponte da BR-386 estão nos planos de Gláucia Schumacher e Carine Schwingel, que irão comandar Lajeado e Estrela a partir de 2025. Obras ganham peso após restrição no fluxo de veículos na rodovia

Prefeitas eleitas defendem união de esforços por novas ligações
(Foto: arquivo)
Vale do Taquari

Um dos principais anseios regionais da atualidade, a construção de uma ponte sobre o Rio Taquari pode ter um protagonismo feminino na discussão política. O resultado das urnas colocam Gláucia Schumacher e Carine Schwingel à frente dos municípios de Lajeado e Estrela a partir de 2025. E elas pretendem atuar de forma integrada para garantir avanços na mobilidade regional e estadual.

Novas ligações se fazem necessárias por diversos fatores, mas os danos causados à estrutura atual (sentido capital/interior) na BR-386 durante a enchente de maio, deram luz ao assunto. A rodovia é um importante corredor de exportação, sendo essencial não apenas para a economia do Vale do Taquari, mas também do Estado.

Pelo lado de Lajeado, há movimentações em andamento para garantir uma nova ponte na ligação com Estrela. Uma empresa será contratada por meio de licitação para fazer um estudo de viabilidade. A ideia é que o documento indique o local mais adequado à obra e norteie a execução de um futuro projeto de ponte.

“O prefeito já tomou a iniciativa de fazer essa licitação. A partir desse estudo, podemos conseguir avançar. E aí vamos ter um caminho, saber o que é mais certo de fazer. Colocamos no nosso plano que essa ponte é uma prioridade. Não tem mais como se omitir desse assunto”, detalha Gláucia.

Conversa efetiva

Tendo o estudo em mãos, Gláucia disse que será possível uma conversa “mais efetiva” com Estrela e também as outras partes envolvidas, como a CCR ViaSul e entidades regionais. Ela defende um consenso na definição do local e lembra que, em outras ocasiões em que o assunto esteve pauta, houve divergências nas propostas.

“É um tema que nunca se teve avanços porque haviam brigas por conta do local. Precisamos brigar menos e lutar mais por um consenso, achar uma solução certeira. O estudo te dá um norte. Temos que andar em linha reta e não ficar caminhando em círculos”, define.

A ponte está dentro de um dos três macrocompromissos de Gláucia em seu plano de governo, integrando projetos voltados à mobilidade urbana. “É um ponto chave para nós, tanto essas conexões intermunicipais quanto às vias intramunicipais”.

Alternativas

Primeira mulher prefeita de Estrela, Carine cita que será parceira na discussão por uma nova ponte e pretende trazer o assunto para o diálogo. Frisa, no entanto, que esta é uma das obras que precisam ser pleiteadas dentro da criação de um novo anel viário na região para desafogar o trânsito que passa por Lajeado.

“Mesmo tendo uma terceira ponte, continuaria jogando todo o fluxo para a BR. Então precisamos olhar para essa possibilidade do anel viário. É uma discussão que precisa ser feita com toda a região”, ressalta, ao destacar também os benefícios para o encurtamento de caminhos com o Vale do Rio Pardo e outras regiões.

No plano de governo de Carine, uma das obras mencionadas é uma ponte entre Estrela e Cruzeiro do Sul, também uma demanda bastante antiga dos dois municípios.

“Tem que ter essa outra forma de ligação, por meio do anel viário, e entre Arroio do Meio e Colinas também. Mas precisamos ter um conceito regional. Falamos muito em região, mas aplicamos muito pouco isso. É sempre um olhar individual de cada município”.

Diálogo permanente

Gláucia e Carine ainda não sentaram para conversar. Mas uma coisa que as duas prefeitas eleitas pretendem fazer é fortalecer o diálogo com a CCR ViaSul, concessionária da BR-386.

Embora as restrições no acesso à empresa tenham diminuído nos últimos meses, a ideia é manter contato permanente para buscar soluções aos gargalos das duas cidades.

“Precisamos de esforço conjunto nos assuntos ligados à CCR. O caminho é reforçar as entidades e os prefeitos devem estar nessas discussões regionais”, sintetiza Carine.

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