Com poucos dias de campanha pela frente, os candidatos a prefeito de Lajeado tiveram ontem a última oportunidade para confrontarem propostas antes das eleições deste domingo, 6. E os três oponentes subiram o tom nos embates. Mesmo entre os integrantes das chapas de oposição, houve momentos de tensão, algo que não havia ocorrido no primeiro debate.
Carlos Ranzi (MDB), Dr. Sergio Kniphoff (PT) e Gláucia Schumacher (PP) encerraram a série de debates promovidos pela Rádio A Hora dentro do projeto “Pensar Eleições 2024”. No dia 16 de agosto, data que marcou o início da campanha eleitoral, eles abriram o cronograma de encontros entre os candidatos às prefeituras da região promovidos pela emissora.
A estrutura do debate de ontem deu mais possibilidade aos candidatos falarem de suas propostas. No terceiro bloco, por exemplo, os três puderam comentar as perguntas feitas por jornalistas do A Hora. Abordaram temas como o futuro da área do Daer, o Parque do Imigrante e ampliação da Benjamin Constant. Já os blocos 2 e 4 foram reservados para os questionamentos de tema livre.
Desde o começo da campanha, a Rádio A Hora promoveu 42 debates e entrevistas – adaptadas nos casos onde apenas um candidato compareceu – nos estúdios de Lajeado e Encantado. A cobertura também incluiu sabatinas com os postulantes aos executivos das cidades mais populosas da região.
Críticas nos bairros
O segundo bloco, com perguntas de tema livre, teve embates mais amenos, com as principais divergências registradas entre Gláucia e Kniphoff. A atual vice-prefeita confrontou falas do adversário de que o governo teria se distanciado dos bairros, priorizando apenas a área central da cidade.
“Estou absolutamente tranquila com tudo o que a gente fez. É preciso parar com esse discurso falso de que só fizemos obra no Centro. No Santo Antônio, construímos a mais moderna creche e também um posto de saúde”, pontuou.
Direitos de resposta
No entanto, o embate que mais chamou atenção foi entre Kniphoff e Ranzi no quarto bloco. Os dois, que mantinham um clima cordial na campanha, trocaram farpas, com direito a pedido de direito de resposta por parte do emedebista, após o oponente se referir às propostas dele como “megalomaníacas”.
“Como você pensa em conseguir recursos para construir todas as obras que está anunciando? […] Você fala em obras que ultrapassam um valor bilionário. O senhor meio que se perdeu num personagem que criaram para essa campanha”, provocou Kniphoff.
“Política é compromisso. Nós apresentamos situações factíveis”, defendeu-se Ranzi, no direito de resposta. “Você é vereador e, há seis anos, não imaginaria que o orçamento duplicasse. Pois bem, duplicou. Lajeado é uma cidade empreendedora. Sendo bem aplicado o recurso público, dá para fazer”, completou.
Kniphoff também obteve um direito de resposta, após Gláucia falar sobre as contas da gestão de Luis Fernando Schmidt (PT), entre 2013 e 2016. “As contas foram entregues rigorosamente em dia, e o turno único só ocorreu porque havia crise financeira do país, decorrente de um golpe que aconteceu na presidência da República”, argumentou.
VEJA O QUE CADA CANDIDATO FALOU NAS PERGUNTAS DOS JORNALISTAS
- Pavimentação da Benjamin Constant até Conventos e planejamento do anel viário
- Parque do Imigrante e criação de Centro de Eventos