Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fez, nesta sexta-feira, 4, ato em Lajeado com cerca de 400 pessoas afetadas pelas enchentes. A mobilização iniciou na Praça da Matriz e marcou um ano dos eventos extremos climáticos de 2023. Os participantes exigem políticas públicas para as famílias. O ato incluiu uma passeata com saída da praça, sequência pela rua Júlio de Castilhos, conversão à esquerda antes do Posto Faleiro, e seguem a avenida Benjamin Constant até a praça.
O MAB defende o reassentamento das comunidades atingidas em local seguro e com tamanho adequado. O movimento afirma que os programas de reconstrução inibem a participação dos atingidos e têm sido feitos sem transparência. Uma das críticas é com relação à lista de beneficiários do município de Lajeado no programa Minha Casa, Minha Vida Reconstrução RS, ainda não divulgada.
O coordenador do MAB em Lajeado, Leopoldo Nascimento, diz que os atingidos querem respostas sobre o andamento dos programas de moradias. Diz que a recuperação das áreas afetadas avança lentamente e que somente com a pressão do povo as medidas serão cumpridas.
Além das perdas materiais, Leopoldo afirma que a tragédia tem causado impactos profundos na saúde mental e no bem-estar das comunidades, o que agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade das famílias. “Se dá uma chuva eu não consigo dormir. Não consigo dormir e botar a cabeça no travesseiro para descansar. Fico muito preocupado que pode vir uma chuva igual aquela de maio.”