Os Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) é a maior competição esportiva-educacional do País, chancelada pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), e reúne anualmente milhares de alunos/atletas com idade entre 12 e 14 anos. Foram agora disputados em Pernambuco pela primeira vez, com a presença de mais de 6 mil atletas de todo o Brasil, mas mais de 9 mil envolvidos considerando também técnicos, professores, árbitros e outros.
Entre eles, a estrelense Ana Laura Schlosser, de 13 anos, estudante do 7º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cônego Sereno Hugo Wolkmer. Na bagagem de Ana Laura, cuja viagem de volta acabou na madrugada desta sexta-feira, 4, além das boas lembranças de uma experiência inédita, uma medalha de bronze no ciclismo – 500 metros.
A competição nacional foi realizada entre os dias 20 de setembro e 03 de outubro, em diferentes polos de Recife, capital de Pernambuco, voltada para as categorias masculino e feminino, com idade de 12 a 14 anos, nas modalidades olímpicas, não olímpicas e paralímpicas. Ao todo foram 18 modalidades disputadas: atletismo, atletismo adaptado, badminton, basquete, ciclismo, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, judô, karatê, natação, Taekwondo, tênis de mesa, vôlei, vôlei de praia, wrestling e xadrez. A delegação gaúcha foi a terceira colocada geral na classificação por Estados.
Intertítulo
A família de Ana Laura sempre gostou de bicicletas. Os pais Magnus Schlosser e Daniele Grodt andam por hobby. Eu comecei a andar também aos 7 anos, mas sempre por brincadeira. Foi quando meu irmão, Victor, de 11 anos resolveu disputar o campeonato gaúcho, que passei a olhar com outros olhos”, confessa ela. E isso foi recente. “Fazia esportes, mas nunca achei um que me identificasse por completo. Este ano comecei a me dedicar mais com as bicicletas, e vi resultado”, confessa. “Mas para isso tive que mudar minha rotina. Hoje treino cinco vezes por semana, vou na academia para fazer reforço muscular, precisei ajustar horários, alimentação. Mas talvez se não estivesse em treinos estaria vendo TV, no celular. Está melhor assim, agora, inclusive para minha saúde”, confessa.
Experiências inesquecíveis
Ana viajou para Recife com o pai, Magnus. “Foi muito legal, divertido. Foi minha primeira viagem de avião. Estava um pouco com medo, mas deu tudo certo. Adorei conhecer Recife. A cultura deles de fato é muito diferente da nossa, seja no sotaque, seja comida. Mas tem uns temperos bons e lugares muito bonitos”, relata.
Sobre o futuro no esporte, outra confissão. “Ainda sou muito nova, não sei se o ciclismo vai ser só uma coisa de hobby. É algo que no Brasil ainda não te garante uma vida. Mas agradeço a quem me ajudou agora, e vou seguir pedalando”, confirma ela, antes de colocar a mochila nas costas. “Esta é da escola. Agora é estudo.” Dentro da mochila, junto dos cadernos, um motivo de orgulho: a medalha.