Valorização do jornal impresso

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Valorização do jornal impresso

Ontem, o governador Eduardo Leite gravou um vídeo para as redes sociais durante o café da manhã no Palácio Piratini. À mesa, sob o olhar do chefe do Executivo gaúcho, quatro jornais impressos: Zero Hora, Jornal do Comércio, Correio do Povo e o nosso Jornal A Hora. Além de reforçar o apreço pelas notícias e demandas do Vale do Taquari, Leite reergue – talvez de forma involuntária – a bandeira do jornal impresso. Um gesto simples do tucano, mas com um significado peculiar e estratégico à comunicação do Rio Grande do Sul.

Ele registrou e ajudou a divulgar às centenas de milhares de seguidores o tradicional hábito de ler notícias no papel. E isso tem valor. Não é nada contra os meios virtuais. Pelo contrário. Ambos se complementam e as empresas que não se dedicarem a este caminho estão fadados à falência. Ou já faliram. Mas vamos combinar, Leite tem bom gosto: nada combina mais com um café do que os velhos – ou novos – jornais impressos.

Não existe churrasco grátis!

O Ministério Público ajuizou ação contra o candidato a vereador em Cachoeira do Sul, Luciano da Rosa Fortes (PSDB) por captação ilícita de sufrágio, que é o nome bonitinho para “compra de votos”. Segundo a denúncia, ele promoveu um jantar gratuito em troca de apoio a candidatura. Sobre isso, gostaria de sublinhar a fala do promotor Davi Lopes Rodrigues Júnior. “A legislação veda a captação ilícita de sufrágio para preservar a liberdade do voto e a livre escolha do eleitor. É importante o cidadão compreender que o voto não se destina à escolha de amigo, mas de um gestor da coisa pública, e que o lugar de buscar um amigo pode ser num jantar ou num CTG, mas o local apropriado para encontrar um gestor ético, probo e moral, deve ser nas urnas.”

Como confiar?

Na edição de ontem, escrevi sobre a forma como o eleitor deveria tratar os líderes que orientam os correligionários a boicotarem pesquisas eleitorais. E muitos se sentiram representados pelas poucas linhas que escrevi. E eu agradeço as menções. Entretanto, eu preciso deixar um alerta: cuidem bem para onde vocês apontam o dedo. Afinal, a prática não é exclusividade de partido A, B, C, D ou E…

TIRO CURTO

  • Em Lajeado, o governo anuncia a prorrogação do período de designação do servidor Cassiano Jung para exercer o cargo de Secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos, em substituição ao titular, Günther Meyer, e por motivo de “licença saúde” do titular.
  • O governo de Lajeado ainda não contratou a empresa responsável pelo estudo de viabilidade técnica da nova ponte do Rio Taquari. Mas o prefeito Marcelo Caumo (PP) garante: o processo licitatório vai sair logo do papel. E reforça que o caminho para a obra passa pela Antt e CCR Viasul.
  • A Construtora Giovanella foi contratada pelo poder público de Lajeado para pavimentar o trecho da Av. Alberto Pasqualini que leva à histórica Ponte de Ferro. Parte do pavimento foi destruído pela enchente e a reforma vai custar cerca de R$ 1 milhão. E o recurso é federal.
  • Ainda em Lajeado, a oposição segue na expectativa por algum movimento do poder judiciário acerca da presença de um servidor público que foi flagrado atundo na pintura do comitê eleitoral do PP. A denúncia partiu do diretório do PT. Mas o MDB também está (bem) atento às movimentações.
  • Também em Lajeado, ainda repercute nos bastidores a extinção do grupo de Whatsapp denominado “Chega”. A justiça acatou a denúncia de propagação de fakenews e mandou tirar do ar o espaço que era utilizado para atacar, sistematicamente, a candidata Gláucia Schumacher (PP).
  • Atenção, Encantado. Amanhã o Grupo A Hora publica a segunda pesquisa de intenção de votos para prefeito da cidade. E será a primeira com a participação de Enoir Cardoso (PP) na disputa com Jonas Calvi (PSDB) e Luciano Moresco (PT). Aguardem!

Olhar do Lucas

Nosso peregrino de todas as sextas-feiras chegou mais cedo nesta semana e nos brinda com a singela imagem de um agricultor na Linha Deodoro, na área rural de Venâncio Aires. “Mostra as dificuldades do homem do campo na locomoção diária. E a vida na cidade depende da vida no campo”, escreve Lucas.

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