Nesta quarta-feira, 2, a Rádio A Hora encerra a sequência de entrevistas, no programa A Hora Bom Dia, com os postulantes à prefeitura de Lajeado. Ao longo da semana, durante dez minutos, os candidatos apresentaram cinco propostas de governo. As entrevistas seguiram a ordem alfabética.
Hoje, o candidato Carlos Ranzi, do MDB, apresentou compromissos nas áreas da educação, saúde, infraestrutura e mobilidade urbana, desenvolvimento econômico e desastres naturais – enchentes. Entre os destaques, a construção de quatro novas creches, qualificação do servidor público municipal, diminuição da fila de exames e consultas, implantação de trincheiras para desafogar o trânsito nos bairros e a priorização da construção de uma segunda ponte entre Lajeado e Estrela.
Entrevista
Carlos Ranzi, candidato à prefeitura de Lajeado
Nós temos planos excelentes para o nosso município, para o seu desenvolvimento. Ele depende muito de medidas estruturantes por parte de quem vai governar o município pelos próximos quatro anos. Os próximos quatro anos serão geridos e terão um orçamento em aproximadamente R$ 3 bilhões que passarão pela caneta do prefeito. É preciso ter coragem, audácia, buscar os serviços que ainda não foram prestados, fazer as compensações de mobilidade urbana que precisam ser feitos e dar o atendimento para toda uma comunidade que tem sido deixada de lado.
A gente precisa fazer isso, as pessoas estão desacreditadas na política. Pois eu digo, não fiquem, acreditem! O único jeito da gente melhorar a vida das pessoas é por meio de um prefeito atuante, uma pessoa que esteja todos os dias levantando com a vontade e desejo de entregar uma cidade melhor. Vocês vão ter a partir do dia 1º de janeiro, um prefeito e um vice que vão levantar todas as manhãs com o desejo de entregar uma cidade melhor, de melhorar a vida das pessoas.
Educação
Temos uma demanda reprimida de 591 crianças fora das escolas, mães procurando vagas, empresas procurando pessoas para trabalhar e, para resolver minimamente essa situação, colocamos em nosso plano de governo, a questão de construção de quatro creches, uma em cada quadrante do município, ou seja, nos bairros Olarias, Centro, Bom Pastor e Jardim do Cedro, regiões onde serão instaladas essas novas escolas.
Fazer isso é atrair, inclusive, mais população para trabalhar em Lajeado. Hoje, a demanda reprimida de vagas para trabalho, de pessoas para trabalhar é muito grande, então, a gente precisa fazer com que as pessoas escolham residir em Lajeado, além de também resolver a questão das crianças que precisam aprender e estar seguras ao longo do dia.
Nosso compromisso também é com as crianças autistas. O trabalho que tem sido executado, precisa de mais investimento, de um olhar mais atento. Ainda na parte da educação, isso é muito importante, a qualificação do servidor público municipal.
Saúde
Temos hoje, uma quantidade de mais de 10 mil pessoas aguardando na fila de exames e consultas. Muito anos que as pessoas estão aguardando algum tipo de atendimento na parte da saúde. A maior pasta, o maior dinheiro que tem dentro de uma secretaria em todo o Vale do Taquari situa-se em Lajeado, dentro da Secretaria de Saúde. E esse contingente de 10 mil pessoas vai ser resolvido dentro dos seis primeiros meses do meu governo. Vamos trabalhar com mutirões, fazer corujão, parcerias com entidades ligadas à saúde, inclusive, buscando todo o apoio e dedicação da região do Vale do Taquari para resolvermos esse número gigantesco de mais de 10 mil pessoas.
Infraestrutura e Mobilidade Urbana
As pessoas geralmente se referem a ele só e exclusivamente ao anel viário. O anel viário é uma das situações que podemos fazer para resolver a mobilidade, entretanto, temos pontos importantes para lidarmos que são, por exemplo, as travessias entre bairros que são cortados pela ERS e BR.
A gente precisa fazer essas travessias entre bairros da nossa cidade. Tem lugares que são extremamente próximos, se a gente desconsiderar as rodovias, mas elas estão lá e precisamos fazer com que a travessia seja simples e segura. Quem está hoje no bairro Bom Pastor deixando seu filho pela parte da manhã na escola e tiver que trabalhar no Distrito Industrial, vai levar entre 15 e 20 minutos para fazer uma travessia que não passa de 500 metros, fazer todo um contorno para chegar do outro lado. Então, isso não é mobilidade urbana, é uma falta de pensamento, de planejamento, de como a cidade deve ser. A ideia é fazer uma trincheira naquele lugar, pois ali perto já tem um espaço onde é um aterro. A situação mais fácil de resolver, mais óbvia que já deveria ter sido feita antes da duplicação.
Da mesma maneira e solução, entre o bairro Florestal e Montanha. No Clube dos Quinze e Av. dos Quinze estão em linha reta, ali também precisa ser feita uma trincheira, desafogando a via principal entre o Centro, Florestal e Montanha. Temos no São Cristóvão, entre a avenida Senador Alberto Pasqualini e o Alto do Parque, o Colégio Gustavo Adolfo onde todas as manhãs, cerca de 500 carros acabam tendo que ir para um lado e outro para deslocamento e a gente pretende fazer uma passagem de nível mais alto, um viaduto cruzando a rodovia.
Ainda na parte da infraestrutura, tem uma questão muito básica que é o fornecimento de água. A prefeitura de Lajeado fornece água, entretanto, no bairro Conventos e Centenário ainda é deficitário. O sistema de água da prefeitura sobra dinheiro, tem que ser reinvestido e garantir para aquelas famílias que não faltará água, porque vai ser feito um investimento que seja necessário.
Tem ainda uma questão importante que é a agilidade na liberação das licenças de construção. Construtores, arquitetos, engenheiros e demais, precisam que esse processo seja mais rápido. Fazer isso, é agilizar a entrada de recursos para dentro no município.
Ainda, a segunda ponte, serviço essencial que o município de Lajeado tem que ter. Nós faremos, e tem que ser entre Lajeado e Estrela. Tem que ser na questão contígua da BR-386.
Desenvolvimento econômico
Medidas para atrair e parar de perder empresas. Ao longo dos últimas anos, Lajeado perdeu inúmeras empresas, uma atrás da outra. A prefeitura vai trabalhar com sistema que irá fornecer informações, trabalhar com essas empresas, buscar que elas fiquem aqui, que ampliem seus serviços na cidade e para que elas efetivamente não deixem o município. Estamos perdendo empresas por falta de incentivo para que elas fiquem aqui. Isso é ruim para toda a população.
Vamos trabalhar com a formação de pessoas, fortalecer a mão de obra e, também, priorizar as compras públicas locais.
Incentivar grandes e médios eventos no município. O Parque do Imigrante vai passar por uma transformação gigantesca, toda aquela região e a prefeitura vai acompanhar fazendo um grande Centro de Controle de Operações e vai servir , inclusive, para uma nova Defesa Civil. O espaço destinado hoje para a defesa civil tem pouco mais de 60 metros quadrados. Nós vamos alterar essa realidade e Lajeado vai passar a ser referência em Defesa Civil na região.
Além disso, Lajeado vai se tornar na infraestrutura e mobilidade urbana, a cidade de referência em acessibilidade. Nos próximos quatro anos isso vai acontecer.
Desastres Naturais – enchentes
Vamos reestruturar a Defesa Civil. Esse Centro de Controle de Operações que vamos fazer no Parque do Imigrante é um centro inovador. Como referência temos o parque de Curitiba, e vai proporcionar espaços para que entidades como o Rotary , o Lions, clubes de serviços tenham seu espaço lá. São muito valorosos para nós, pois prestam serviço voluntário e trazem recursos e mão de obra, tudo que é tipo de destinação de serviços que nós precisamos, quando a cidade mais precisa, eles estão lá prontos para atuarem. Uma forma de agradecimento, uma homenagem e relevância do serviço deles.
Além disso, no Programa Nova Vida, vamos fazer de maneira inovadora, pagar uma dívida histórica que o município tem com a região do São José, parte funda do bairro Centro. A realocação beneficiando as famílias das cotas 19, 20 e 21, as primeiras famílias atingidas pelas cheias. Aquele espaço vai acabar se tornando um grande parque e parar com a situação de toda vez remover aquelas famílias. A proposta é construir prédios na redondeza, na região onde hoje tem o novo INSS. As áreas mais baixas serão permutadas ou compradas pelo poder público.
Ainda quanto a essa questão, vamos precisar de muita mão de obra para realizar esse serviço. Então, quero deixar um recado de tranquilidade e serenidade para todos os terceirizados. O governo do Ranzi vai prestar muito mais serviço do que tem sido prestado. É isso que a gente quer e, para fazer esse serviço, nós precisamos de mão de obra e eu vou contar com essa mão de obra que já está se especializando dentro do serviço público.
Assista a entrevista na íntegra