Quando iniciei os primeiros movimentos políticos na adolescência, no decorrer dos anos, sempre imaginava o desenvolvimento da nossa democracia se elevando a um patamar invejável no século XXI. Ledo engano. E pior, figuras públicas, falsos intelectuais e uma parcela de professores, que deveriam defender e primar pela liberdade ampla e irrestrita em todos os sentidos, defendem quem trabalha abertamente contra esse direito que nos assiste. Está evidenciado na Constituição Federal, no seu artigo 1., que todo o poder emana do povo, através de representantes eleitos. (Para constar, juízes da Suprema Corte não são eleitos). E no artigo 5., onde está claro que é livre a manifestação do pensamento, que a liberdade de expressão aliás, é um direito fundamental que permite a todos os cidadãos expressar e divulgar livremente suas ideias, convicções, pontos de vista, críticas ou valorações. E não precisamos exigir muita inteligência para ver que estamos justamente no caminho inverso, e lamentavelmente quem deveria primar pela Constituição Federal e seus preceitos, está omisso.
Em outro patamar, vimos uma máquina pública ineficaz, pesada, com a produtividade sempre aquém do desejado. Projetos de pontes que urgem, como no caso da ligação Lajeado-Arroio do Meio via ERS-130, ainda não iniciaram de fato. Por outro lado, felizmente temos notícias alvissareiras, pois escutamos vários postulantes ao cargo de Executivos Municipais incluindo mais alternativas de ligação por pontes entre seus municípios, caso sejam eleitos. Esperamos que a tragédia tenha nos ensinado que precisamos de mais ligações no Vale, sobre nosso rio e arroios.
Concomitantemente a ERS-129, a via mais prejudicada devido ao tráfego intenso e pesado no período pós-enchente, ligando Roca Sales à Estrela, via Colinas, está parcialmente destruída. Até o momento o DAER não está se movimentando para recompor o asfalto esfacelado, muito menos iniciar de fato o asfaltamento dos 6 km faltantes ligando o município de Colinas à Roca Sales.
Ao nos deparar com este quadro de dificuldades, o que nos cabe é reagir, trabalhar para que possamos ter notícias boas num futuro próximo, a exemplo de seminários pós-enchentes e debates que estão acontecendo para discutir o futuro da região do nosso vale. E para nós cidadãos, cabe fazer escolhas criteriosas para nossos candidatos na eleição no início do próximo mês.
Afinal, o otimismo e a positividade precisam imperar para que possamos avançar. Enxergar o copo meio cheio já é um importante passo para atingir os objetivos propostos.