Caso suspeito em Lajeado alerta para importância da vacinação

MENINGITE

Caso suspeito em Lajeado alerta para importância da vacinação

Vigilância epidemiológica confirma efeitos positivos da vacina contra a doença. Caso em Lajeado teria sido isolado e está controlado

Caso suspeito em Lajeado alerta para importância da vacinação
As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. (Foto: Divulgação)
Lajeado

Após identificação de um caso de meningite em uma criança de 5 anos da Emei Aprender Brincando, em Lajeado, autoridades reforçam importância da vacinação e descartam perigo para outros alunos da escola. O último caso da doença havia sido registrado em julho de 2023.

A meningite é uma doença que causa inflamação nas meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, a partir de uma infecção bacteriana. A doença também pode ser causada por vírus e, de forma mais rara, pode ser provocada por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose. Pessoas de qualquer idade podem contrair meningite, mas a doença é mais comum em crianças menores de 5 anos.

De acordo com a coordenadora da vigilância epidemiológica de Lajeado, Juliana Demarchi, o caso na Emei Aprender Brincando foi registrado na segunda semana de setembro, em uma criança que apresentava sintomas como febre alta, dor de cabeça, vômito e fraqueza, e deixou de frequentar a escola. Cerca de cinco dias depois, a criança foi hospitalizada. Conforme Juliana, o Ministério da Saúde orienta, nesses casos, a identificação de pessoas que tiveram contato próximo com a paciente.

“Foram identificados os contactantes e eles foram medicados e monitorados dentro do que prevê o protocolo. Então não tivemos nenhuma repercussão, nenhum caso secundário até o momento”, afirma Juliana.

A profissional reforça que todas as crianças da escola estavam vacinadas contra a doença, incluindo a criança que positivou para a meningite. “Isso preveniu novos casos dentro dos contactantes. A vacinação também fez com que a doença, no caso da aluna que teve a infecção, acabasse evoluindo de uma forma mais tranquila”.

De acordo com Juliana, casos de meningite são comuns. Por outro lado, os causados pelo meningococo C são menos registrados. Não há como ter precisão da origem da contaminação. O hospedeiro da bactéria é o próprio ser humano e ela pode ser transmitida pelas vias aéreas.

Vacinação e tratamento

De acordo com Juliana, a vacina contra o Meningo C, causador da doença, está disponível em todas as salas de vacinação do município. O esquema básico de vacinação é em 3 doses, aplicada aos 3, 5 e 12 meses de idade. Adolescentes de 11 à 14 anos também necessitam de 1 dose da vacina.

O tratamento será indicado de acordo com o agente causador da infecção.

Prevenção

As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. O Programa Nacional de Imunização disponibiliza as seguintes vacinas no Calendário de Vacinação da Criança:

  • Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
  • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
  • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

Recomendação aos pais e responsáveis

  • Atenção aos sintomas, principalmente em crianças menores de 5 anos;
  • Se a criança tiver febre alta, não mandar à escola.
  • A indicação é procurar um médico para saber o motivo da febre;
  • Após a alta do paciente, não existe mais perigo de contaminação;
  • Não há necessidade de fechar escolas ou creches quando ocorre um caso de meningite, pois o meningococo (em caso de meningite meningocócica) não sobrevive no ar ou objetos.

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