Candidatos a prefeito e vice da coligação “Lajeado pode mais”, Dr. Sergio Kniphoff (PT) e Mateus Selke (PDT), encerraram ontem, 18, a série de sabatinas promovidas pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) com os postulantes ao governo municipal. Em pouco mais de uma hora, detalharam propostas e responderam perguntas de lojistas e associados.
Como fez na abertura de outros eventos com representantes do setor produtivo, Kniphoff pediu para que todos se “despissem de qualquer preconceito” com o partido que ele representa. E prometeu que um eventual governo não vai promover grandes mudanças na atual estrutura administrativa.
“Nós não vamos aumentar a máquina pública. Não pensamos em fazer algo que traga comprometimento a administração pública. Será uma gestão austera e técnica”, garantiu Kniphoff, ao citar também a trajetória como médico pediatra há mais de quatro décadas. “Não vou assumir a prefeitura para deixar que meu nome vá para a lata de lixo”.
Segundo ele, quando um candidato entra numa eleição majoritária, “tem um secretariado desenhado na cabeça”, mas ressalta que não conversou com essas pessoas, nem prometeu cargos para aliados da campanha.
Para áreas que demandam maior prestação de serviços a população, ele defende contratações de servidores. “Nós vamos sim contratar professores, médicos e fiscais, se for preciso. Porque não podemos deixar as pessoas desassistidas. É importante ter uma reserva financeira, sim, mas não uma quantidade tão grande como R$ 100 milhões todo ano”.
Apoio ao comércio
Em relação a reconstrução da cidade após a enchente histórica de maio, o candidato do PT disse ter “sentido falta” de uma política pública do município direcionada ao comércio afetado, sobretudo aos médios e pequenos negócios.
“Caminhar pela Júlio e ver a situação desse comércio me impacta muito. Necessitávamos de uma linha de participação junto a essas empresas. Alguns municípios aportaram recursos, enquanto Lajeado não se meteu. Fiz essa cobrança na época da pandemia e agora novamente”, pontuou.
Quanto a Defesa Civil, Kniphoff defende a profissionalização do órgão. “Hoje, quem está ali são CCs. A cada governo, muda a coordenação. Precisamos de uma pessoa preparada, que pense a cidade e também a região”.
Qualificação profissional
Em uma das perguntas, a dupla da chapa majoritária foi questionada sobre o problema da mão de obra na cidade. Kniphoff afirma que não existe, hoje, uma integração do Poder Público com instituições como a Univates e o IFSul. “Vamos ajustar isso, de acordo com a necessidade observada no mercado local e regional”.
Selke, que esteve à frente do extinto Pronatec (Programa de Nacional de Acesso ao Ensino Técnico) durante a gestão de Luis Fernando Schmidt na cidade, também prometeu dar atenção a qualificação profissional, além de trabalhar pela implementação do ensino de turno integral nas escolas municipais.
