Candidato à eleição de Arroio do Meio, Paulo Grassi (PT) participou da sabatina na manhã desta terça-feira, 17. Promovida pelo programa “Frente e Verso”, a entrevista foi definida por ordem de sorteio, com os postulantes do município. No encontro, Grassi abordou as próximas etapas para reconstrução do município em seus diversos setores.
Entrevista
Paulo Grassi • candidato à eleição de Arroio do Meio
O que fazer para recuperar lavouras e para evitar que alguns produtores larguem suas lavouras? Qual sua proposta para desenvolver essa área tão importante para Arroio do Meio?
Temos que começar pela recuperação dessas lavouras, tanto a questão da fertilidade como o acesso. Hoje a maior dificuldade dos agricultores é acessar essas lavouras com suas máquinas. Muitas áreas estão com camadas de lodo muito espessas. Para voltarmos à normalidade, o normal seria fazer uma gradagem do solo para que ele pudesse secar, mas como os tratores não conseguem entrar, o que temos conversado com os agricultores, é que muitas áreas vão ficar paradas por algum tempo.
No nosso plano de governo, estamos propondo que a gente busque equipamentos que consigam fazer essa primeira entrada nas lavouras para poder dar condições de cultivo. Precisa de um esforço conjunto tanto dos produtores como do poder público, da assistência técnica para que consigamos fazer essa ação e dar acesso dos produtores às lavouras.
O município passa pelo seu maior desafio. A reconstrução é a palavra de ordem. Se o senhor for eleito prefeito, como vai conduzir essa reconstrução?
Nos momentos de crise, como estamos vivendo, não existe um setor que vai fazer tudo sozinho. Então, precisamos unir forças, construir uma agenda comum para Arroio do Meio, tirar prioridades e a partir delas concentrar nossos esforços. Temos muitas coisas para fazer, não vamos conseguir fazer todas ao mesmo tempo, tem muitas que vamos fazer o possível e não o ideal, num primeiro momento. Então, a nossa forma de intervir na reconstrução é nesse sentido. Temos muitos projetos aprovados no governo federal, então, precisamos tirar eles do papel. Precisamos de pessoas competentes e interlocução com o governo para tirar esses projetos do papel.
Em relação às áreas atingidas, acho que precisamos fazer a reposição florestal nessas áreas, mas, também, temos que ter a sensibilidade de ver como o clima se comporta, qual a periodicidade que vamos ter eventos dessa magnitude e isso tem que estar presente no nosso planejamento. Às vezes, como leigos, temos uma ideia e não a certeza. Não temos mais condições diante de tudo que aconteceu, de trabalhar como leigos, mas com uma perspectiva mais profissional, mais eficiente, mais resiliente para que aquilo que a gente faça se mantenha ao longo do tempo […].
Passada a eleição, independentemente do resultado, queremos trabalhar com muita força para que o capital político que acumulamos esteja a serviço do município.
