Para o bem ou para mal, Marçal é um marco na política

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Para o bem ou para mal, Marçal é um marco na política

Após o fenômeno Jair Bolsonaro (PL), que saiu do ostracismo político/partidário direto para a presidência da República em menos de cinco anos, o empresário/coach/candidato Pablo Marçal (PRTB) se tornou o principal personagem da política nacional em pouquíssimas semanas. Ele é pauta em todos os jornalões do país. E não é por menos.

Ao desestabilizar o establishment e colocar sal grosso no tradicional suco de maracujá das coligações de centro, centro-esquerda e esquerda, o polêmico e excêntrico postulante ao cargo de prefeito de São Paulo virou persona non grata em muitos ambientes e herói para outros tantos.

O resultado de tudo isso ainda é incerto. Ele mesmo chegou a afirmar, antes do histórico e vexatório debate de domingo na TV Cultura, que não tinha qualquer expectativa com relação àquele embate. Mas uma coisa é certa. Para o bem ou para o mal, e especialmente após receber uma cadeirada do não menos polêmico apresentador/candidato Datena (PSDB), ele já é um marco divisório na política nacional. E isso tem – ou terá – consequências.

Leite deve retornar ao Vale na próxima semana

O governador Eduardo Leite (PSDB) deve retornar ao Vale do Taquari na próxima semana. A informação foi repassada pelo prefeito e candidato Elmar Schneider (MDB), mas ainda não está confirmada pela assessoria do chefe do Executivo gaúcho. Se vier, o tucano e possível candidato a presidente em 2026 deve inaugurar casas temporárias em solo estrelense. Um movimento semelhante àqueles realizados em Encantado e Cruzeiro do Sul. Com diversos assessores, fotógrafos, secretários estaduais e seguranças.

“Seria covardia eu não concorrer”

Prefeito e candidato à reeleição em Arroio do Meio, Danilo Bruxel (PP) participou do programa Frente e Verso de ontem e voltou a justificar a própria candidatura. “Seria uma covardia da minha parte não concorrer novamente”, afirmou o Progressista. A frase tem um sentido único. Ele havia afirmado, também no programa Frente e Verso, em 2020, que não concorreria à reeleição. Entretanto, Bruxel mudou de posicionamento diante das catástrofes naturais que atrapalharam os planos e propósitos de toda uma comunidade, e, também, do próprio governo municipal. É compreensível. Mas não podemos naturalizar a quebra de promessas. Afinal, e isso precisa ser dito, afirmar que não vai concorrer à reeleição é uma forma de angariar votos. Portanto, eu sugiro que outros candidatos – especialmente do PP – parem com essas promessas.

Perguntas confusas…

O debate entre os candidatos a prefeito de Muçum, Marcos Bastiani (PSDB) e Mateus Trojan (MDB), ficou marcado pelas perguntas e respostas entre os adversários. E, além de diversas alfinetadas e informações desencontradas entre os representantes da situação e da oposição muçunense, o embate registrou diversas “perguntas confusas”. Ao menos foi essa a definição de ambos com relação aos questionamentos adversos, e que por vezes ficam incompletos diante do pouco tempo e da necessidade (ou não) de contextualizar as respectivas e necessárias questões. E hoje é dia de debate com candidatos a Roca Sales (às 10h), Westfália (às 15h) e Colinas (às 16h).

“Não é hora de aventuras”

Atual prefeito e candidato à reeleição em Estrela, o experiente Elmar Schneider (MDB) aproveitou bem os 30 minutos de sabatina do programa Frente e Verso, ontem. Ele falou sobre as principais propostas do plano de governo nas áreas da educação, habitação, mobilidade e saúde. E não deixou passar em branco o principal jargão da campanha. “Não é hora de aventuras”, esbravejou o emedebista. E mais. O popular gestor deixou claro, na visão dele, quem é o principal adversário nesta concorrida corrida à prefeitura. Ao atacar de forma direta o ex-prefeito Gabriel Mallmann, que não teria recebido o então presidente Ernesto Geisel na década de 70 e por isso a cidade teria perdido a Univates, e também o ex-gestor Rafael Mallmann, que não teria garantido obras junto ao contrato com a CCR, Schneider emoldurou a preocupação: Carine Schwingel (União Brasil).

TIRO CURTO

  • O governo federal não tinha, não tem e parece que não vai ter um plano robusto para combater os incêndios que assolam o Brasil. E isso não é culpa do Bolsonaro, talkei.
  • Aliás, e isso precisa ficar registrado, o silêncio dos artistas que chegaram a gravar música para salvar a Amazônia durante a gestão do ex-presidente é extremamente constrangedor. E o mesmo vale para artistas e ecologistas de outros países. E para a grande mídia, é claro. Aliás, isso é de se estranhar. E muito.
  • É tragicômico, mas é o que tem. As casas populares definitivas para quem perdeu tudo em setembro do ano passado vão ficar para 2025. Com sorte, para o primeiro semestre.
  • Os candidatos a prefeito de Estrela, Renato Horn (PSB), e de Encantado, Enoir Cardoso (PP), questionam as pesquisas realizadas pelo Instituto Methodus e divulgadas pelo Grupo A Hora. O Progressista chegou a gravar um vídeo questionando o “sistema”. Ora, seria mais inteligente aceitar e traçar novas estratégias. Afinal, questionar um serviço sério só serve para alegrar a torcida.
  • O governo estadual tem a obrigação moral de custear a manutenção das estradas municipais que dão acesso à ponte do exército. Em ambos os lados. Tanto em Lajeado como em Arroio do Meio, a situação é caótica e isso NÃO É RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS. E tenho dito!

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