Não sou muito otimista com relação ao tempo que vai demorar as obras de recuperação dos trechos seriamente afetados na Ferrovia do Trigo. Também torço para que seja o mais breve possível, mais vai custar caro e vai exigir a alocação de recursos vultuosos por parte da ANTT, já que os estragos ultrapassam em muito obrigações contratuais de manutenção por parte da concessionária.
É lamentável o prejuízo gerado ao turismo na rota ferroviária mais bonita do país, mas vale lembrar que nos últimos tempos passava um comboio por dia nessa conexão da logística terrestre. ¨Subia¨ carregado com combustível, cimento, grãos e outras cargas meio pesadas e descia com cerca de 300 vagões em grande parte vazios.
Pode até ser uma idéia de jirico, mas já transitei por muitas bibócas também ferroviárias por aí e vou arriscar um palpite, acionando o brainstorming (¨toró de parpites¨, na tradução do meu Cumpádi Belarmino).
Que tal avaliar um pouco mais de perto a possibilidade de o belo passeio do Trem dos Vales pelo menos temporariamente ser realizado entre Paverama e Muçum, com paradas em Colinas e Roca Sales pra preservar também o trajeto do Trem da Imigração? No fim das contas a reforma de uma estação semi-abandonada e a implantação de um retorno de locomotiva não é nenhum bicho de sete cabeças. Na ponta do lápis pode dar um quilo, talvez até contando com veículos mais modernos.
É claro que os melhores atrativos do belo elogiável roteiro do Trem dos Vales ainda não seriam acessíveis, tipo os viadutos do Exército (V-13), o Mula Preta, o Pesseguinho, além dos vários túneis do trecho entre Muçum e Guaporé. Mas entre Paverama e Muçum também existem belezas a usufruir e a maior delas talvez seja a passagem pela cidade de Colinas, que cativava a todos os visitantes que a conheceram até há pouco, inclusive quem olhava de cima, fora da linha.
Apenas uma sugestão a pensar, obviamente sujeita a críticas, sempre bem-vindas.
O XIS DA QUESTÃO
Sei não, mas pelo andar da carroça dá a impressão que determinadas altas esferas estão articulando uma estratégia do lagarto, que solta o rabo pra despistar o cachorro caçador, como diz o meu Cumpádi Belarmino.
É possível que em breve alguma suposta poderosa onça preta vá sobrar na curva, solenemente descarregada do comboio, já considerada como carga morta. Com um lindo cartão escrito “Adeus, Tia Chica!”. Já deu o que tinha que dar e passe bem, obrigado.
A fila anda.
PRÍÍÍÍÍ….
Um campo de futebol oficial tem quatro linhas: duas laterais e duas de fundo. É onde o jogo deve ser jogado, passou delas o juiz apita.
Até aí tudo bem. Mas e quando o próprio juiz aparentemente engole o apito nessas horas, talvez pra beneficiar um determinado time e prejudicar outro?
Perigo de gol agora também é falta?
PIOR DO QUE TÁ NÃO FICA!
Pois teve seguimento este mês o entrevero jurídico entre o Roberto Carlos e o Tiririca, por conta do aproveitamento da música ¨Portão¨ como paródia em campanha eleitoral.
Na original do Roberto a letra falava ¨eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar¨, na paródia do Tiririca ficou ¨eu votei, de novo vou votar. Tiririca, Brasília é o teu lugar¨.
A utilização de paródias musicais em campanhas já foi mais comum. Sempre bem boladas, rapidamente se espraiavam popularmente.
Hoje é mais raro, porque quase não existem mais músicas novas que ¨grudem¨ simultaneamente na maioria dos ouvidos.
Mas vale lembrar de algumas criativas paródias feitas até por aqui há não muito tempo atrás, tipo com a tradicional Barril de Chopp.
Falando nisso e aproveitando o embalo: só um barril continua sendo ¨muito pouco pra nós¨?
SAIDEIRA
Nôno na cancha de bochas:
– Comprei um Chevette híbrido!
– Com assim, movido a o que?
– 33% a gasolina, 33% a empurrão e 33% a imposto.
(Com o devido respeito aos ¨Chevetteiros¨, rodei muito com três deles e sei que eram e ainda são bons e confiáveis carros).