Previsto para ocorrer na tarde dessa sexta-feira, 6, o debate com os candidatos a prefeito de Putinga foi adaptado para uma entrevista com Juliano Moretto, o Maninho (PSD). Isso ocorreu devido à recusa de Fábio Zarbielli (PP) em participar do encontro, no estúdio da Rádio A Hora em Encantado.
Em cerca de uma hora de entrevista, Moretto falou sobre sua trajetória pessoal e política e destacou aspectos que serão priorizados em um futuro governo. Ele encabeça a coligação “Putinga, um novo tempo”, que tem Marina de Col Bertuol, também do PSD, de vice. O PSDB também integra a chapa.
Entrevista
Juliano Moretto (PSD) • candidato a prefeito em Putinga
“O dinheiro precisa ser bem investido”
Quem te convidou para ingressar na política?
Na verdade sempre tive a ideia de que política não era para nós, colonos, e sim para empresários. Mas como fiz um bom trabalho na comunidade, como presidente e tesoureiro da Capela, e também no esporte, o presidente do partido na época, o Valdir Possebon, viu potencial em mim. Um dia, de noite, ele veio até a minha casa e perguntou se tinha interesse em me filiar. Fiz, mas não para ser candidato a nada. Dez dias depois, voltou e pediu para que eu fosse o candidato da minha comunidade, o Distrito. De início, fui contra, e minha família também. Mas decidi enfrentar esse desafio. E me elegi vereador como o segundo mais votado da cidade.
E por que concorrer a prefeito?
Após a eleição suplementar, onde concorri a vice e perdemos por 80 votos, o presidente do partido pediu se eu tinha interesse em concorrer à majoritária, e eu disse que sim. Havia indefinição apenas sobre o vice. Por minha vontade, escolhi a Marina pelo conhecimento que ela tem e pela parceria, trabalho que fizemos nesses mais de três anos na câmara, sempre pelo bem do município. Se eleitos, vamos nos dedicar somente à prefeitura. É a única promessa que estamos fazendo. Vamos trabalhar 8, 10, até 24 horas por dia atendendo o povo.
Putinga foi muito afetada pelas enchentes. Como pretende encarar esse desafio da reconstrução?
Estamos muito preocupados, pois houve uma devastação grande na cidade e no interior. Aos poucos, as coisas estão sendo feitas e muito vai sobrar ao próximo governo. Com recursos federais e estaduais e ajuda de deputados com emendas parlamentares nós vamos conseguir reconstruir Putinga. Sempre digo que não existe o “eu” sem o “nós”. Essa união precisa acontecer, independente de partido. Vamos colocar pessoas competentes para trabalhar conosco. Com trabalho sério e honesto vamos conseguir.
Quais serão as áreas prioritárias num primeiro momento?
Nosso município é essencialmente agrícola e as pessoas nos perguntam muito das estradas. O colono não precisa de muita coisa, só acessos melhores. O ponto forte do município é a agricultura e os produtores precisam de atenção, pois estão se sentindo abandonados. E também me comprometo a fazer a Feira do Produtor, nem que seja a cada 15 dias, uma semana. Montar umas barracas para o agricultor fazer a venda do seu produto e incentivar a diversificação do plantio deles.
O que pretende mudar na tua gestão?
Penso que as secretarias de Agricultura e Obras precisam andar juntas. Vou bater muito nessa tecla. E também precisamos diminuir gastos. Hoje são 42 CCs. Minha ideia é diminuir, enxugar. Se economizarmos, dá para comprar uma máquina. Nosso orçamento não é ruim, mas 45% dele é gasto na folha de pagamento. Falta uma gestão com olhar diferente. O dinheiro precisa ser bem investido.
Confira entrevista completa